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Febase "indignada" com contribuição para fundo de pensões dos administradores do BCP  

O sindicato refere que se "mantém um ensurdecedor silêncio sobre aumentos salariais este ano para os trabalhadores" do BCP.

Lusa
10 de Maio de 2018 às 16:56
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Depois do SNQTB, agora foi a vez do Febase reagir à proposta do conselho de remunerações do BCP em levar à assembleia-geral de 30 de Maio uma proposta para o pagamento extraordinário de 4,9 milhões de euros para os fundos de pensões dos actuais administradores executivos do banco.  

 

Em comunicado, a Federação do Sector Financeiro (Febase) emitiu um comunicado onde se mostra "indignada" com as decisões da administração do banco liderado por Nuno Amado, relacionadas com esta contribuição para o fundo de pensões dos administradores e também as remunerações da gestão.

 

A Febase diz que esta proposta "segue-se ao conhecimento da subida de 81,7% do valor das remunerações da Comissão Executiva face a 2016, justificada pela reposição dos salários dos gestores, que sofreram um corte de cerca de 22% durante o período em que o banco recebeu ajuda estatal". O total bruto das suas remunerações atingiu 3,779 milhões de euros em 2017.

 

Recorde-se que, no mesmo período e ao abrigo do Memorando de Entendimento, o banco congelou e diminuiu rendimentos dos seus trabalhadores – os salários brutos superiores a mil euros sofreram cortes de 3% a 11% –, situação que ainda não foi totalmente reposta e reparada.

 

"Enquanto a Comissão Executiva trata dos seus interesses, mantém um ensurdecedor silêncio sobre aumentos salariais este ano para os trabalhadores", refere o comunicado, lembrando que durante o período da troika o BCP "congelou e diminuiu rendimentos dos seus trabalhadores – os salários brutos superiores a mil euros sofreram cortes de 3% a 11% –, situação que ainda não foi totalmente reposta e reparada".

 

Esta manhã o Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB) pediu, em comunicado, a "imediata restituição dos valores retidos dos vencimentos dos trabalhadores do BCP", bem como o reforço das contribuições para o fundo de pensões dos trabalhadores, que também foi congelada.

 

"Quanto ao fundo de pensões dos trabalhadores, cuja contribuição se encontra suspensa, não consta existir qualquer proposta de pagamento para apresentar na Assembleia-Geral", salienta a Febase, garantindo que "não deixará de manifestar o seu mais enérgico repúdio por esta actuação da Comissão Executiva, que é atentatória da dignidade dos trabalhadores do banco, que todos os dias dão a cara pela instituição".

 

A Febase reclama ainda que "não há dinheiro para aumentar condignamente os salários dos trabalhadores, mas há folga suficiente nas contas do banco para perdoar milhões de euros de dívidas a instituições".

       

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