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Remuneração da comissão executiva do BCP quase duplica devido a complementos de reforma

A Comissão Executiva do Millennium BCP auferiu em 2018 um total de 10,268 milhões de euros, sendo que perto de metade desse valor foi recebido por conta de complementos de reforma, tal como tinha sido aprovado na assembleia geral do ano passado.

Lusa
29 de Abril de 2019 às 18:43
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O BCP pagou à Comissão Executiva, no ano passado, um total bruto de 10,268 milhões de euros, contra 5,461 milhões um ano antes, informou o banco no seu relatório e contas.

  

Esta subida de 88% deveu-se sobretudo ao pagamento de complementos de reforma, que ascenderam a 5,658 milhões de euros.

 

Conforme aprovado na Assembleia Geral de Acionistas de maio de 2018, a rubrica ‘complemento de reforma’ incluiu, em 2018, o montante de 4,92 milhões de euros referente ao pagamento de uma contribuição única e extraordinária do BCP para os fundos de pensões dos administradores executivos que desempenharam funções no mandato 2015/2017.

 

Este complemento de reforma gerou fortes críticas e indignação, nomeadamente por parte do Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB) e da Federação do Sector Financeiro (Febase), já que em 2017 a remuneração da comissão executiva do BCP tinha registado um aumento de 81,7% - justificado pela reposição dos salários dos gestores, que sofreram um corte de cerca de 22% durante o período em que o banco recebeu ajuda estatal".

 

A título de remunerações (apenas fixas, visto não terem sido pagas remunerações variáveis), os administradores executivos do BCP auferiram 3,720 milhões de euros no ano passado, ligeiramente abaixo dos 3,779 milhões auferidos um ano antes.

 

A contribuir para o "pacote" de 10,268 milhões de euros em 2018 estiveram ainda 895.000 euros a título de ‘outros encargos sociais obrigatórios’.

O CEO, Miguel Maya, recebeu um valor bruto de 816.165,31 euros de complemento de reforma e de 587.166,68 euros de remuneração fixa.

 

Já os administradores não executivos "levaram para casa" um valor bruto de 1,506 milhões de euros, quando em 2017 tinham recebido 975.000 euros, o que corresponde a uma subida de 54,4%.

 

Desse montante, 1,215 milhões seguiram para remunerações e 291.000 euros foram direcionados para a rúbrica ‘outros encargos sociais obrigatórios’.

 

O total bruto pago pelo BCP no ano passado ao conselho de administração (executivo e não executivo) foi assim de 11,774 milhões de euros, contra 6,436 milhões em 2017 – o que representa uma subida de 82,9%.

 

Na AG de 30 de maio de 2018 foram eleitos os membros dos órgãos sociais para exercerem funções no quadriénio 2018/2021. Nuno Amado (anterior CEO) foi nomeado presidente do conselho de administração e Miguel Maya (na foto) eleito presidente executivo.


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