Notícia
BCE diminui requisito de capital da Caixa e mantém o do BCP e Novo Banco
O Banco Central Europeu melhorou ligeiramente o requisito de capital do banco público. BCP e Novo Banco permanecem sem alterações. BCE avaliou 112 bancos, dos quais 24 terão requisitos mais exigentes em 2023.
O Banco Central Europeu (BCE) melhorou o requisito de capital (pilar 2) da Caixa Geral de Depósitos (CGD) para 1,9% em 2023, abaixo dos 2% exigidos no ano passado.
A instituição liderada por Christine Lagarde manteve a exigência de capital do BCP em 2,5% e a do Novo Banco em 3%.
A CGD e ao BCP já tinham comunicado os requisitos que lhes são exigidos em 2023.
Os níveis de capital a cumprir pelas instituições financeiras portuguesas resultam do exercício anual de supervisão do regulador ("Supervisory Review and Evaluation Process" ou SREP) que faz uma avaliação geral dos desafios enfrentados por 112 bancos considerados significativos, a par dos correspondentes requisitos de fundos próprios e de outras medidas prudenciais exigidas às instituições no ano seguinte.
Em causa estão os requisitos de Pilar 2, que refletem os riscos específicos de cada banco.
O BCE conclui que os bancos da zona euro "apresentam posições de capital e de liquidez sólidas e maior rentabilidade", com exigências que, em geral, não mudam: "a média ponderada dos requisitos do Pilar 2, fixada em 1,1%, permanece inalterada face ao ano anterior", escreve a instituição.
Ainda assim, o exercício concluiu que em 2022, um total 24 de instituições não cumpriram os requisitos - devido a crédito malparado -, o que resultou em requisitos de capital mais exigentes para 2023.
Do exercício resulta que cerca de 92% das instituições receberam a mesma avaliação de 2021, e 4% viram a nota piorar. Os restantes 3% melhoraram o "score".
"As instituições de crédito suportaram bem o impacto económico da invasão russa da Ucrânia, graças às suas fortes posições de capital e de liquidez, a uma maior rentabilidade e à continuação da melhoria da qualidade dos ativos", afirmou Andrea Enria, presidente do Conselho de Supervisão do BCE, num comentário sobre o sistema financeiro da zona euro em geral.
"Contudo, persistirão desafios enquanto a guerra durar e os efeitos da subida das taxas de juro justificam um acompanhamento atento", avisou, acrescentando que "as instituições de crédito devem resolver as deficiências persistentes, em especial nos seus quadros de controlo do risco e de governação, e avaliar a evolução futura de forma prudente".
Enria alertou ainda que "à medida que a Europa se diversifica do petróleo e gás russo, os riscos de transição aumentam, o que a par dos riscos físicos exige uma resposta proativa e abrangente dos bancos. As instituições precisam de identificar, avaliar e gerir os riscos climáticos e ambientais e divulgar de forma transparente e verdadeira as suas exposições a esses riscos".
A instituição liderada por Christine Lagarde manteve a exigência de capital do BCP em 2,5% e a do Novo Banco em 3%.
Os níveis de capital a cumprir pelas instituições financeiras portuguesas resultam do exercício anual de supervisão do regulador ("Supervisory Review and Evaluation Process" ou SREP) que faz uma avaliação geral dos desafios enfrentados por 112 bancos considerados significativos, a par dos correspondentes requisitos de fundos próprios e de outras medidas prudenciais exigidas às instituições no ano seguinte.
Em causa estão os requisitos de Pilar 2, que refletem os riscos específicos de cada banco.
O BCE conclui que os bancos da zona euro "apresentam posições de capital e de liquidez sólidas e maior rentabilidade", com exigências que, em geral, não mudam: "a média ponderada dos requisitos do Pilar 2, fixada em 1,1%, permanece inalterada face ao ano anterior", escreve a instituição.
Ainda assim, o exercício concluiu que em 2022, um total 24 de instituições não cumpriram os requisitos - devido a crédito malparado -, o que resultou em requisitos de capital mais exigentes para 2023.
Do exercício resulta que cerca de 92% das instituições receberam a mesma avaliação de 2021, e 4% viram a nota piorar. Os restantes 3% melhoraram o "score".
"As instituições de crédito suportaram bem o impacto económico da invasão russa da Ucrânia, graças às suas fortes posições de capital e de liquidez, a uma maior rentabilidade e à continuação da melhoria da qualidade dos ativos", afirmou Andrea Enria, presidente do Conselho de Supervisão do BCE, num comentário sobre o sistema financeiro da zona euro em geral.
"Contudo, persistirão desafios enquanto a guerra durar e os efeitos da subida das taxas de juro justificam um acompanhamento atento", avisou, acrescentando que "as instituições de crédito devem resolver as deficiências persistentes, em especial nos seus quadros de controlo do risco e de governação, e avaliar a evolução futura de forma prudente".
Enria alertou ainda que "à medida que a Europa se diversifica do petróleo e gás russo, os riscos de transição aumentam, o que a par dos riscos físicos exige uma resposta proativa e abrangente dos bancos. As instituições precisam de identificar, avaliar e gerir os riscos climáticos e ambientais e divulgar de forma transparente e verdadeira as suas exposições a esses riscos".