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Zeinal Bava: "Em sã consciência não sabia das aplicações" na Rioforte
Zeinal Bava garante que não sabia das aplicações na Rioforte. Nem tinha de saber, assumiu. E garante que a PT Portugal só tomou conta da tesouraria da PT a 5 de Maio de 2014.
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O ex-presidente da PT, que está a ser ouvido no Parlamento, assumiu de viva voz que não sabia das aplicações na Rioforte, apesar de ser presidente da PT Portugal. "A minha dedicação era à PT Portugal, muito pouco, e à Oi".
A maior parte do tempo estava no Brasil.
Zeinal Bava garantiu aos deputados que "saindo da PT SGPS, eu não tinha de saber o que acontecia na PT SGPS. Não tinha de saber. Não guardo qualquer memória que me tivesse sido transmitida qualquer informação de qualquer aplicação após a data da minha saída. Em sã consciência não sabia das aplicações. Não tinha de saber".
O responsável repetiu que não devia sequer saber por uma questão de conflitos de interesse. É que na fusão acabou por estar do outro lado da SGPS. "Qualquer processo de fusão é complexo e crispado".
Zeinal Bava, numa fase mais afirmativa da comissão, garante que a PT Portugal só teve responsabilidade da gestão de tesouraria a partir de 5 de Maio de 2014. Houve preparativos no sentido de fazer essa transição, na área de sistemas de informação, mas "essa transição só aconteceu a partir de 5 de Maio". Zeinal Bava garante que ainda a PT Finance, onde estava a maior parte da dívida da Rioforte (697 milhões de euros), estava na SGPS e nem fazia parte da "cash pooling" (conta única).
"A PT finance não fazia parte do cash pooling. Era detida pela SGPS, reportava à SGPS. Nem fazia parte desse cash pooling porque era empresa estrangeira". A transferência da tesouraria centralizada para a PT Portugal, "leia-se Oi", só aconteceu a 5 de Maio, quando integrou a Oi.