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Bankinter abre margem para descer spread do crédito à habitação

O Bankinter entrou em Portugal com o "spread" no crédito à habitação mais baixo do país. Mas a sucursal portuguesa do banco espanhol acredita que este pode baixar ainda mais.

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08 de Abril de 2016 às 12:19
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"Temos hipótese de ir um pouco abaixo deste valor", admite Carlos Brandão (à direita na foto), o presidente executivo da sucursal portuguesa do Bankinter, que era já o presidente do Barclays no país. Neste momento, a margem de referência mínima é de 1,5% em Portugal, que é, mesmo assim, superior à praticada em Espanha.

A oferta é uma forma de aumentar os clientes na vertente de particulares, onde o Bankinter, que entrou a 1 de Abril em Portugal, quer crescer, nomeadamente no crédito à habitação.

A instituição financeira espanhola, cuja presidência é assumida por María Dolores Dancausa, acredita que vai conseguir dar mais 700 milhões de euros em novos créditos ao longo do presente ano através da sucursal portuguesa. O valor representa um aumento de 15% face à actual carteira de crédito concedido e Carlos Brandão disse, na conferência de imprensa de apresentação de estratégia, esta sexta-feira, 8 de Abril, que "existe mercado", até porque acredita que haverá um decréscimo menos acentuado na procura do que até aqui.

Este é um dos objectivos do banco espanhol (o oitavo maior em Espanha) que, na segunda-feira 4 de Abril, abriu as portas nas 84 agências que, até sexta-feira, pertenciam ao Barclays.  

Em termos de segmentação de mercado, o Bankinter quer fixar-se nos clientes de mais alto rendimento. "Dentro do objectivo de crescer 15 mil clientes este ano, queremos 10 mil particulares, dos quais 2.500 clientes são 'premier', com um nível de riqueza superior a 50 mil euros", respondeu Carlos Brandão, recusando, em respostas aos jornalistas, que haja um excesso de oferta para o mercado de mais alto rendimento em Portugal.

cotacao O banco está devidamente saneado em termos de estrutura de custos e proveitos e os objectivos são naturalmente positivos para este exercício. Carlos brandão Presidente executivo do Bankinter em Portugal 

Bankinter fora de "operações de elevadíssima dimensão"


No campo das empresas, o Bankinter coloca-se, para já, fora do mercado das empresas de elevada dimensão. Embora queira trabalhar com grandes companhias, Carlos Brandão explicou que o balanço "não permite serem agressivos em operações de elevadíssima dimensão". Por isso, quer ser referência no mercado de médias empresas.  


Para o presente ano, o Bankinter, pretende conquistar 15 mil novos clientes, que se vão juntar aos 173 mil clientes já existentes (o banco tinha mais 12 mil quando a operação foi anunciada).  


Sucursal com lucros em 2016
 

Neste momento, a sucursal portuguesa representa 8% dos resultados do Bankinter. O objectivo é, "num prazo razoável" (não especificado), que a proporção seja de 15%. Segundo afirmou María Dolores Dancausa na conferência de imprensa desta sexta-feira, 8 de Abril, "os volumes [comprados ao Barclays em Portugal] são relevantes para o grupo Bankinter".

 

Em 2016, a sucursal acredita que conseguirá apresentar resultados positivos. "O banco está devidamente saneado em termos de estrutura de custos e proveitos e os objectivos são naturalmente positivos para este exercício", assegurou Carlos Brandão.


Qual a estratégia do Bankinter para Portugal?
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Carlos Brandão, presidente executivo do Bankinter Portugal, explica a estratégia para Portugal do banco que comprou a rede de retalho do Barclays.



(Notícia corrigida às 15:32: Erro corrigido no primeiro parágrafo, sobre comparação com spread em Espanha)

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