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Bancos propõem financiar Fundo de Resolução em 635 milhões reduzindo dinheiro do Estado

Os bancos portugueses propuseram esta terça-feira, 5 de Agosto, financiar em 635 milhões de euros o Fundo de Resolução para capitalizar o Novo Banco, o que permitirá reduzir o montante proveniente do dinheiro da troika para 3,9 mil milhões de euros.

05 de Agosto de 2014 às 22:31
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Segundo disse à Lusa fonte do sector financeiro, "os bancos admitem proceder a um financiamento no montante de 635 milhões de euros ao Fundo de Resolução" e já fizeram essa proposta aquela entidade, que é gerida pelo Banco de Portugal.

 

Isto, afirmou a mesma fonte, permitirá reduzir o "empréstimo sem risco de 4,4 mil milhões de euros do Estado, proveniente do fundo de recapitalização, para 3,9 mil milhões de euros".

 

Com esta proposta, os bancos esperam que o Novo Banco tenha condições para ser alienado mais rapidamente e que "o Fundo de Resolução possa recuperar ao máximo do capital que entrou agora no novo banco", disse a mesma fonte.

 

O Banco de Portugal tomou controlo do BES domingo passado e anunciou a separação da instituição num banco mau ("bad bank"), que concentra os activos e passivos tóxicos, e num banco bom, o chamado Novo Banco, que reúne os activos e passivos não problemáticos, como será o caso dos depósitos, e que receberá uma capitalização de 4,9 mil milhões de euros do Fundo de Resolução bancário.

 

O Fundo de Resolução foi criado em 2012 para intervir financeiramente em bancos em dificuldades, aplicando as medidas determinadas pelo Banco de Portugal. O fundo é financiado pelas contribuições regulares dos mais de 80 bancos com actividade em Portugal e por contribuições extraordinárias em caso de crise num banco em particular.

 

No entanto, como este fundo é recente, ainda não está suficientemente dotado.

 

Assim, dos 4,9 mil milhões de euros com que o fundo vai capitalizar o Novo Banco, a parcela mais significativa terá de vir do dinheiro da troika para o sector financeiro, através de um empréstimo com um juro que começa em 2,95%.

 

Inicialmente, estava previsto que do dinheiro da troika fossem colocados 4,4 mil milhões de euros no fundo de resolução, que se juntariam aos 367 milhões de euros que o fundo já tem, a que seria acrescentada uma contribuição extraordinária dos bancos do sistema de 133 milhões de euros.

 

Se a proposta dos bancos for agora aceite pelo Banco de Portugal e pelo Governo, os bancos financiam o fundo de resolução com 635 milhões de euros, que se juntam aos 367 milhões de euros que já existem no fundo, perfazendo cerca de mil milhões de euros. Assim, o dinheiro do Estado que vai para o fundo reduz-se para 3,9 mil milhões de euros.

 

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