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Bancos "manifestam disponibilidade para colaborar" para venda do Novo Banco

A Associação Portuguesa de Bancos e os bancos associados, em comunicado, vão trabalhar para "a mais rápida alienação das acções do Novo Banco". A intervenção do Banco de Portugal foi "positiva", diz a APB. Os bancos não foram envolvidos no desenho do plano.

Bruno Simão/Negócios
04 de Agosto de 2014 às 17:37
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É num comunicado com três parágrafos que os bancos reagem, através da Associação Portuguesa de Bancos (APB), ao esquema montado pelo Banco de Portugal para "salvar" o Banco Espírito Santo, através do fundo de resolução da banca.

 

"Os bancos associados e a APB manifestam a sua disponibilidade para colaborar com as autoridades, e designadamente com o fundo de resolução, para o sucesso das medidas adoptadas e a mais rápida alienação das acções do Novo Banco", indica o comunicado da associação liderada por Fernando Faria do Oliveira enviado esta segunda-feira, 4 de Agosto.

 

O "resgate" ao BES foi feito através de um empréstimo de 4,9 mil milhões de euros dado pelo fundo de resolução ao Novo Banco, instituição que fica com o BES limpo dos activos tóxicos (que vão para um banco mau).

 

4,4 mil milhões do montante total vêm da linha de capitalização disponibilizada pela troika no início do programa de ajustamento. Os restantes 500 milhões têm origem no próprio fundo de resolução (367 milhões, a acrescer de um reforço imediato até aos 500 milhões).

 

O Novo Banco será vendido e o dinheiro conseguido com a alienação será para amortizar o empréstimo. Se for alienado abaixo dos 4,9 mil milhões, o diferencial terá de ser suportado pelos bancos. Daí que a banca queira o "sucesso das medidas adoptadas", tal como "a mais rápida alienação das acções".

 

"A decisão tomada pelas autoridades relativa à medida de resolução ao Banco Espírito Santo, SA, de que ainda não se conhecem todos os detalhes, insere-se no quadro legal existente", relembra a APB que escreve, contudo, não ter estado envolvida no desenho do esquema ontem apresentado pelo Banco de Portugal. Nem os próprios bancos associados estiveram envolvidos, refere o documento .

 

"A Associação Portuguesa de Bancos (APB) considera positiva a intervenção do Banco de Portugal para efeitos de resolução do problema do Banco Espírito Santo dada a sua natureza sistémica", assinala ainda a instituição.

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