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Banco de Portugal entrega 186,3 milhões de dividendos ao Estado

O Banco de Portugal entregou 186,3 milhões de euros de dividendos ao Estado relativos aos lucros de 2015, menos 23,4% do que no ano passado. Queda foi equivalente à verificada nos resultados da instituição liderada por Carlos Costa.

Bruno Simão
16 de Maio de 2016 às 13:44
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Os cofres do Estado receberam 186,3 milhões de euros em dividendos do Banco de Portugal, relativos aos resultados obtidos pela instituição no ano passado, que totalizaram 233 milhões de euros, menos 23,35% do que em 2014.

À semelhança do que aconteceu com os lucros do banco central, também os dividendos entregues ao Estado diminuíram 23,4%.

"Para a redução do resultado do período face a 2014 destaca-se, como principal factor, o expressivo aumento do reforço da provisão para riscos gerais", bem como "o aumento, face a 2014, dos prejuízos não realizados e a diminuição da margem dos juros", justifica a entidade liderada por Carlos Costa no relatório de actividades e contas de 2015, publicado esta segunda-feira, 16 de Maio.

 

O aumento das provisões em 480 milhões de euros deveu-se, sobretudo, ao facto de o Banco de Portugal ter aumentado a sua exposição a títulos de dívida pública, devido ao programa de compra de activos que o Banco Central Europeu tem em curso e de que a instituição portuguesa é executante.

 

"Este reforço tem em consideração as posições globais de riscos financeiros de balanço a médio e longo prazo a que o Banco se encontra exposto, os quais sofreram um agravamento no ano em análise (…), essencialmente em virtude do reforço da carteira de títulos detidos para fins de política monetária, mais concretamente da PSPP", ou seja, programa de compra de activos do sector público.

 

Contratações e resoluções aumentam custos

 

Outro dos factores que penalizou os resultados do Banco de Portugal foi o aumento dos gastos de natureza administrativa, que subiram 4%, para 179 milhões de euros. Esta evolução reflectiu, sobretudo, a subida dos encargos com pessoal e com assessorias contratadas por causa das medidas de resolução aplicadas ao BES, em 2014, e ao Banif, no final de 2015.

 

As despesas com pessoal avançaram 4,35%, para 120 milhões de euros, devido "à continuidade do reforço do quadro técnico do Banco de Portugal para fazer face ao acréscimo das responsabilidades que lhe têm vindo a ser cometidas, em especial no âmbito da regulação financeira e da supervisão bancária".

 

Já os fornecimentos e serviços externos aumentaram 11,9%, para 47 milhões de euros, em resultado do "aumento dos gastos com assessoria jurídica relacionados com a medida de resolução sobre o Banco Espírito Santo, S. A. e sobre o BANIF, S. A. (+6 milhões de euros)".



(Notícia actualizada às 13:54)

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