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Artur Santos Silva apresentou a moção que adiou a votação da desblindagem dos estatutos
O "chairman" do BPI, que apresentou a moção que ditou a suspensão da reunião de accionistas do banco, considera que "os accionistas não decidem em consciência sem todos os elementos do oferente".
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Foi Artur Santos Silva que apresentou a moção que adiou a votação da desblindagem dos estatutos do BPI para dia 17 de Junho, "porque considero que os accionistas não decidem em consciência sem todos os elementos do oferente, como a apresentação do prospecto se porventura a oferta for vencedora. Apresentei a suspensão da AG e foi aprovada por 54,7% dos votos expressos", revelou em conferência de imprensa. A Santoro votou contra o adiamento, na AG desta quarta-feira.
Os accionistas do BPI votaram todos os pontos estipulados para a reunião, que incluem a aprovação das contas, com excepção do referente à desblindagem dos estatutos. Esteve representado 80,52% do capital do banco, uma percentagem que é detida por 149 accionistas. Todos os pontos foram aprovados com mais de 99% do capital presente, de acordo com o comunicado emitido para a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
"Isto não prejudica o BPI. Havendo muito caminho a percorrer, não há nenhuma aprovação dos reguladores, Banco de Espanha e BCE e não há condições de aprovar" a operação lançada pelo Caixabank, justificou Artur Santos Silva.
Fernando Ulrich, CEO do BPI adiantou que "esta OPA não é exterior, é lançada pelo maior accionista do banco. Uma entidade que tem apoiado o projecto do BPI como todos os accionista. A oferta não tem perturbado a gestão do BPI. Nem a oferta, nem este prolongamento da discussão" da desblindagem dos estatutos, referiu o banqueiro.
Santos Silva referiu ainda que o banco quer primeiro concluir o processo da OPA antes de pensar em outros cenários, nomeadamente a fusão com o BCP, proposta por Isabel dos Santos.
Os trabalhos ficam assim suspensos e serão retomados "no próximo dia 17 de Junho às 10h00", acrescenta o mesmo comunicado.
Em causa está a alteração sobre os direitos de voto. Actualmente independentemente da percentagem de capital detida, o poder de voto está limitado a 20%, algo que os catalães querem alterar no âmbito da OPA lançada.
A Santoro Finance, liderada por Isabel dos Santos, quis incluir nesta AG a votação desta alteração, o que mereceu a critica do CaixaBank.