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Apollo: a gestora de "private equity" que comprou dois bancos em dois anos

Em Portugal é conhecida por ter chegado a acordo para comprar a Tranquilidade. Mas a Apollo Global Management tem investimentos um pouco por todo o mundo. Desde o final de 2013 que comprou um banco por ano. Ambos na Europa.

Miguel Baltazar/Negócios
31 de Dezembro de 2014 às 19:36
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O alemão BKB Bank, fundado em 1863, foi um dos mais recentes investimentos da Apollo Global Management, gestora norte-americana de fundos de "private equity". Desde 1 de Outubro do ano passado que a sociedade é um dos maiores accionistas do banco que o belga KBC tinha na Alemanha e que aposta no financiamento de PME.

 

Este foi o segundo banco que a Apollo adquiriu na Europa no espaço de dois anos, depois de em 2013 ter adquirido o EVO Banco, instituição que fazia parte do grupo espanhol NCG Banco, nacionalizado em 2012 na sequência da crise bancária espanhola.

 

O sector financeiro continua a ser uma das apostas da gestora norte-americana, de acordo com uma apresentação feita a investidores a 11 de Dezembro. Só em fundos de "private equity", a Apollo tem mais de 46 mil milhões de dólares para investir. No total, o grupo gere activos de 164 mil milhões de dólares, tendo interesses em áreas tão diferentes como imobiliário, crédito, seguros, infra-estruturas, produtoras televisivas ou comércio.

 

Em Portugal, a Apollo ficou conhecida quando, há cerca de um ano, apresentou uma proposta de compra da Fidelidade, maior seguradora portuguesa cuja privatização acabou por ser ganha pelo grupo chinês Fosun. O confronto sino-americano poderá voltar a repetir-se no processo de venda do Novo Banco, já que ambas as instituições manifestaram interesse na compra do banco que ficou com os activos saudáveis do BES.

 

Entretanto, o grupo chegou a acordo para adquirir a Tranquilidade. No entanto, o negócio ainda não se concretizou devido a uma providência cautelar que contesta o penhor financeiro das acções da seguradora que o Grupo Espírito Santo deu ao BES e que passou para o Novo Banco. Um processo que só terá desenlace nos primeiros meses de 2015.

 

Fundada em 1990, a Apollo chegou ao final de Setembro com resultados líquidos de 48 milhões de euros, cerca de um décimo dos 550 milhões registados no ano anterior, devido à redução dos proveitos da área de negócio relacionada com incentivos.

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