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Accionistas do BPI votam venda do controlo do BFA a 23 de Novembro
Os accionistas do BPI vão reunir-se a 23 de Novembro em assembleia-geral para votarem a proposta de venda de 2% do BFA a Isabel dos Santos. No mesmo dia, serão eleitos dois representantes do CaixaBank para a administração e votadas alterações aos estatutos.
A venda do controlo do Banco de Fomento Angola (BFA) por parte do BPI à Unitel vai ser submetida à votação dos accionistas do banco de Fernando Ulrich a 23 de Novembro próximo, de acordo com a convocatória da assembleia-geral publicada no Portal da Justiça esta segunda-feira, 31 de Outubro.
A reunião terá lugar às 16:00 de 23 de Novembro e será seguida de uma outra assembleia geral, convocada para as 17:30, com o objectivo de confirmar a cooptação de dois representantes do CaixaBank – o líder executivo, Gonzalo Gortázar, e o administrador com o pelouro do risco, Pablo Forero – para a administração do BPI e proceder à alteração de alguns pontos de dois artigos dos estatutos do banco, cujo conteúdo ainda não é conhecido.
De acordo com a proposta de alteração de estatutos, publicada ao final da tarde desta segunda-feira, os ajustamentos em causa destinam-se apenas a alterar o nome da comissão de riscos financeiros, que passa a designar-se apenas comissão de riscos.
A aprovação da venda da vende de 2% do BFA à Unitel, controlada por Isabel dos Santos, é um dos passos imprescindíveis à concretização da solução que vai permitir ao BPI cumprir as regras do Banco Central Europeu sobre concentração de riscos. Desde 2014 que o banco está numa situação de excesso de exposição a Angola e o prazo limite para resolver o problema venceu a 10 de Abril.
Depois de várias soluções possíveis terem sido inviabilizadas, o BPI e Isabel dos Santos concordaram neste operação que fará com que o banco perca o controlo accionista no BFA, deixando de controlar 50,1% desta instituição e passando a ter apenas 48,1%.
Além disso, o grupo de Ulrich deixará de ter influência significativa na gestão, já que passa a nomear apenas dois administradores não executivos, quando actualmente indica a maioria dos membros da administração e da comissão executiva. Estas alterações permitirão ao BPI deixar de consolidar a sua posição no BFA, cumprindo as exigências do BCE.
(Notícia actualizada às 19:12 com informação sobre a proposta de alteração de estatutos)