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Equipa de Ulrich acusada de falta de lealdade por pequenos accionistas

A ATM diz que a administração do BPI tem sido incoerente em relação às OPA do CaixaBank. Em cima da mesa está uma acção popular contra o conselho do banco. 

Paulo Duarte/Negócios
27 de Outubro de 2016 às 11:54
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A administração do BPI, encabeçada por Artur Santos Silva e por Fernando Ulrich, está a ser acusada de falta de lealdade para com o banco e para com os seus accionistas. A crítica vem da ATM, associação que representa pequenos accionistas e que está a actuar em nome de 4% do capital do banco. 

 

"O conselho de administração tem incumprido com o seu dever de lealdade, ao emitir pareceres sobre a oportunidade da OPA ajustados, a cada momento, de acordo com interesses e conveniências diferentes do da sociedade", assinala a nota de imprensa da ATM, publicada esta quinta-feira durante uma conferência de imprensa sobre o BPI. 

 

A associação presidida por Octávio Viana diz ponderar, mesmo, uma acção popular contra os membros da administração do banco devido a este tema. A ATM lembra que, na primeira OPA do CaixaBank, a administração defendeu que o preço justo pelo BPI era 2,26 euros por acção, em 2015. Neste momento, a contrapartida oferecida é de 1,134 euros por acção. 

 

Segundo a ATM, o conselho "não actuou única e exclusivamente no melhor interesse da sociedade" nomeadamente pela venda de 2% do Banco do Fomento Angola (BFA), através do qual o BPI perdeu o controlo da instituição financeira. E essa perda de controlo deveria ser melhor paga, razão pela qual a ATM fala num preço justo de 3,15 euros. 

 

Se o preço da OPA não se aproximar desse valor, ou com uma subida por parte do CaixaBank ou com a sua determinação por parte de um auditor independente (pelo menos até um mínimo de 2,26 euros), está é uma das acções a ser implementadas. Não só. 

 

A ATM poderá ainda colocar uma acção popular administrativa contra o Estado se a CMVM não nomear o referido auditor independente. Além disso, estão a ser pedidas informações ao banco, nomeadamente sobre a linha de crédito de 400 milhões de euros pelo CaixaBank a Luanda.

 


(Título alterado às 12:55 para especificar que a equipa da administração é toda visada e a acusação não é unicamente sobre Fernando Ulrich)

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