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Volkswagen vai despedir 30 mil trabalhadores na Alemanha, Argentina e Brasil
Depois do escândalo das emissões manipuladas, a marca anuncia o "Pacto para o futuro", que passa por uma maior aposta na mobilidade sustentável: "Vamos ser os principais produtores de carros eléctricos".
A Volkswagen revelou um novo plano estratégico após o escândalo das emissões manipuladas nos automóveis a gasóleo.
E o primeiro passo do plano "Pacto para o futuro" é eliminar postos de trabalho em diversos países nos próximos cinco anos. "Vamos despedir 30 mil trabalhadores em todo o mundo, 23 mil na Alemanha e o resto no Brasil e na Argentina", disse o administrador do grupo alemão, Karlheinz Blessing, em conferência de imprensa esta sexta-feira, 18 de Novembro.
A marca foi severamente afectada pelo escândalo do "dieselgate", em que as emissões de gases poluentes foram manipuladas em 11 milhões de veículos. Como resultado, a Volkswagen vai ter de pagar até 18 mil milhões de euros em indemnizações a consumidores e reguladores.
Fustigada pela tempestade que teve início em Setembro de 2015, a marca com sede em Wolfsburgo anuncia agora que o carro eléctrico é o futuro da indústria automóvel.
"Temos que investir milhões de euros em carros eléctricos e serviços digitais. A Volkswagen vai ser o primeiro produtor automóvel a avançar em força para o carro eléctrico", disse o administrador do grupo, Herbert Diess, durante a conferência de imprensa na sede da empresa na Alemanha.
"Chegou a altura de fazer uma reforma, para nos prepararmos para o futuro. Este acordo vai tornar a Volkswagen competitiva. Vamos ser os principais produtores de carros eléctricos", afirmou Herbert Diess.
A Volkswagen anunciou também a transformação tecnológica das fábricas na Alemanha para as tornar mais competitivas. Ao mesmo tempo, os carros eléctricos da marca vão ser todos produzidos em duas fábricas na Alemanha.
Herbert Diess destacou que as regiões da Alemanha também vão ter de contribuir para o novo plano, em particular "regiões que não são rentáveis", como na América do Norte e do Sul.
"Vamos aumentar a produtividade em 25%. Vamos passar a construir mais carros com menos pessoas. Os próximos quatro anos vão ser difíceis, mas a Volkswagen está no bom caminho", rematou o gestor.