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Volkswagen “em revolução” para melhorar as margens
Com os efeitos do “dieselgate” a condicionarem os resultados da empresa alemã, a construtora automóvel apresentou um plano para atingir um retorno de 6% nas vendas em 2025.
A Volkswagen (VW) está a levar a cabo um plano de recuperação que tem como objectivo atingir, em 2025, uma margem de lucro de 6%, comparada com os 2% deste ano, adianta a imprensa internacional, citando uma conferência de imprensa de um administrador da marca, Herbert Diess.
A estratégia passa por apresentar 17 novos veículos utilitários desportivos (SUV) antes de 2020, fabricar carros eléctricos nos EUA e descentralizar a forma como as decisões sobre gestão e produtos são tomadas. O objectivo é aumentar quota de mercado nas Américas do Norte e do Sul e na China. A marca quer ser rentável no continente americano e essa é uma das chaves deste plano.
A Volkswagen irá ainda descontinuar gradualmente os carros que não atingem as metas para cortar custos.
Nos últimos tempos, a marca tem tido dificuldades em acompanhar outras insígnias do grupo, nomeadamente a Audi e a Porsche, no seguimento do escândalo do "dieselgate", a manipulação da emissão de gases nocivos, cuja polémica foi desencadeada nos EUA.
Na semana passada, a VW chegou a acordo com os sindicatos para cortar 30 mil postos de trabalho até 2020, poupando 3,7 mil milhões de euros que serão para investir em carros eléctricos e em serviços como o "ride-sharing". A marca tem como meta a venda de um milhão de carros eléctricos até 2025, adiantou Diess.
A VW deverá investir perto de 4,5 mil milhões de euros por ano, com poupanças de 2,5 milhões relacionadas com o abandono de modelos pouco rentáveis.