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Autoeuropa sem despedimentos. Novo modelo e contratações avançam

A fábrica portuguesa do grupo alemão vai passar ao lado dos despedimentos de 30 mil trabalhadores em todo o mundo.

Pedro Elias
18 de Novembro de 2016 às 12:21
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Fumo branco na Autoeuropa. A fábrica de Palmela vai escapar ilesa ao plano de reestruturação do grupo Volskwagen: não vão haver despedimentos.

Ao mesmo tempo, a fábrica portuguesa vai manter o lançamento de um novo modelo no próximo ano e continua a avançar para o processo de contratação de 1.500 novos trabalhadores, conforme avançou o Negócios.

"Não há um impacto directo na Volkswagen Autoeuropa", disse ao Negócios fonte oficial da fábrica esta sexta-feira, 18 de Novembro.

"O plano de investimento mantém-se inalterado, assim como o programa de lançamento do novo modelo, que será muito importante no sentido de dar um novo fôlego à marca Volkswagen, o processo de contratação de novos colaboradores", destacou a fonte.

"Indiretamente, poderá haver algum esforço adicional de contenção de custos em todas as fábricas, mas que no caso da Volkswagen Autoeuropa, não afectará postos de trabalho", garantiu a fábrica de Palmela.

A marca alemã anunciou esta sexta-feira uma reestruturação e um novo plano estratégico - "Pacto para o futuro" - que passa pelo despedimento de 30 mil trabalhadores em todo o mundo, 23 mil na Alemanha e o resto no Brasil e na Argentina.

Os trabalhadores da Autoeuropa já tinham revelado anteriormente que estavam "tranquilos" sobre o seu futuro. O coordenador da Comissão de Trabalhadores destacou as mais valias da fábrica de Palmela: "Sabemos continuamos competitivos", disse António Chora ao Negócios.

"Continua tudo em pé: investimento, contratações, novo modelo, período de lançamento", afirmou o dirigente sindical.

Pacto para o futuro

Nas contas do grupo alemão, liderado por Matthias Müller, esta reestruturação vai ter um impacto de 3,7 mil milhões de euros por ano nos ganhos da empresa a partir de 2020.

Ao mesmo tempo, a marca vai investir 3,5 mil milhões de euros anuais nos próximos dois anos com a criação de nove mil postos de trabalho.

A marca foi severamente afectada pelo escândalo do "dieselgate", em que as emissões de gases poluentes foram manipuladas em 11 milhões de veículos. Como resultado, a Volkswagen vai ter de pagar até 18 mil milhões de euros em indemnizações a consumidores e reguladores.

Fustigada pela tempestade que teve início em Setembro de 2015, a marca com sede em Wolfsburgo anuncia agora que o carro eléctrico é o futuro da indústria automóvel.
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