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Vendas de carros em Portugal vivem pior mês de sempre. Menos de 1.500 carros em três semanas

As vendas através dos canais online apenas são "residuais" e a quebra homóloga nas primeiras três semanas de abril atinge os 86%.

Automóveis a gasóleo pesaram 32,5% das vendas em fevereiro.
Toru Hanai/Reuters
23 de Abril de 2020 às 09:30
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Nos primeiros 15 dias úteis de abril foram matriculados 1.399 automóveis ligeiros de passageiros em Portugal, menos 86,15% do que no período homólogo, segundo dados oficiais a que o Negócios teve acesso. 

Com os concessionários encerrados desde a declaração do estado de emergência, que começou a vigorar a 22 de março, os representantes oficiais de marcas (ROM) têm apostado nas vendas online, disponibilizando a recolha do veículo na rede oficial de oficinas das marcas, que permanecem em funcionamento, ou a entrega ao domicílio.

Fontes oficiais das diversas marcas contactadas pelo Negócios indicam que esta opção "é para impedira a paragem total, mas tem volumes residuais". E os números das matrículas demonstram isso mesmo, mantendo-se na linha do que a Associação Automóvel de Portugal (ACAP) já tinha avançado. A ACAP revelou que entre 1 e 14 de abril as vendas de ligeiros de passageiros tinham caído 86%, para 838 veículos.

E, notam fontes do setor, "estamos a falar de matrículas, de veículos que estavam encomendados e pagos. Em termos de novas vendas o negócio é basicamente inexistente".

Em finais de março, fonte oficial da Mercedes-Benz indicou ao Negócios que a marca alemã tinha recebido pedidos de vários clientes para que não matriculasse o automóvel "porque não o podiam usar". Assim, vários destes veículos encontram-se em stock e deverão ser matriculados "assim que as restrições sejam aliviadas".

A marca "premium" alemã é, até ao momento, líder nas matrículas de ligeiros de passageiros em abril com 195 veículos, uma quebra de 70,3%. Seguem-se a Peugeot, com 167 unidades (-86,3%), e a BMW, com 142 viaturas (-70,9%). A Renault, tradicional líder do mercado nacional, contabiliza apenas 127 carros matriculados, uma quebra de 89,2%.

Nos comerciais ligeiros, o cenário é ligeiramente menos negativo. Até ao momento foram matriculadas 409 viaturas, o que traduz uma descida homóloga de 68,9%.
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