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Setor automóvel faz pressão máxima para reabrir concessionários a 4 de maio

A ACAP vai divulgar um protocolo de medidas de segurança e higiene para as empresas do setor automóvel e está a pressionar o Governo para que os concessionários possam reabrir portas a 4 de maio.

Reuters
23 de Abril de 2020 às 18:01
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A Associação Automóvel de Portugal (ACAP) está a exercer o máximo de pressão para que o Governo autorize a reabertura do comércio automóvel a 4 de maio e "ainda hoje vai ter novos contactos com o Governo" para "reforçar essa necessidade", indicou esta quinta-feira o secretário-geral da associação num "webinar".

"A ACAP defende que o setor reabra em 4 de maio, no fim do estado de emergência, e vai lançar ainda hoje aos seus associados um protocolo sanitário", indicou Helder Pedro.

O responsável revelou que a associação reuniu com o Ministério da Economia na passada sexta-feira para apresentar as propostas para o setor. 

Perante as sucessivas rejeições nos últimos anos da proposta da ACAP para o regresso do programa de incentivo ao abate de veículos em fim de vida, Helder Pedro disse que a associação, em colaboração com a Associação de Construtores Europeus de Automóveis (ACEA), pediu a Bruxelas que "recomende aos Estados-membros estes programas e que os fundos a transferir incluam uma parte para renovar o parque automóvel".

A ACAP propõe que o incentivo ao abate incida não só na compra de veículos novos mas também de usados com menores emissões.

Já sobre uma outra proposta da associação, relativa à suspensão do do IUC (Imposto Único de Circulação) para carros em 'stock' nos retalhistas, Helder Pedro referiu que "neste momento ainda não há uma resposta concreta [do Ministério das Finanças], mas foi-nos dito que havia a possibilidade de cancelar a matrícula no IMT (Instituto da Mobilidade e dos Transportes)". "Mas isso tem um custo e demora", alertou.

Quanto a outra das propostas avançadas pela ACAP, de que parte do capital - que Helder Pedro indicou ao Negócios dever ser entre 15 a 20% - das linhas de crédito deveriam ser a fundo perdido, o responsável revelou que o ministro da Economia considera ser "muito difícil" que possa ser aplicada.

Sobre a data de reabertura dos concessionários, mesmo com uma eventual falta de procura, Helder Pedro sublinhou que "é importante dar um sinal de retoma da economia. As fábricas de automóveis vão voltar já no final de abril e maio e em outros países já começaram. E o comércio tem que abrir também naturalmente".

António Coutinho, presidente executivo do grupo M. Coutinho e outro dos oradores no webinar, considerou que a retoma vai começar "primeiro nos usados", até por questões de preços. "Os veículos novos só mais tarde irão recuperar", vaticinou.

Já o diretor-geral da Santogal Usados, Nuno Troufa,  advertiu que "o crescimento vai ser gradual" e destacou que é "importante não cair na tentação de entrar em grandes baixas de preços". 

Até porque, defendeu, "neste momento a sensibilidade ao preço não é tão grande e o acréscimo nas vendas pela redução dos preços é reduzido".
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