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Toyota coloca à venda automóvel movido a células de combustível de hidrogénio

Toyota dá mais passo no caminho rumo à sustentabilidade. O seu novo modelo Mirai, movido a células de combustível de hidrogénio, está à venda a partir desta quarta-feira (dia 9 de dezembro).

09 de Dezembro de 2020 às 11:11
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O novo automóvel da Toyota, a células de combustível de hidrogénio, já está à venda. A partir desta quarta-feira (dia 9 de dezembro), está disponível para compra o modelo Mirai, com uma autonomia 30% superior à maioria dos veículos elétricos, o que permite percorrer 800 quilómetros sem reabastecer.

A fabricante japonesa não conseguiu até à data conquistar, com este novo modelo, os motoristas. Ainda que o governo japonês tenha apoiado os veículos a células de combustível, estes continuam a atrair somente uma parte da população, pela falta de postos de abastecimento, pelos valores de revenda e pelo risco de explosões.

Tal como o Negócios avançou a 5 de dezembro, o Mirai chega à Europa nos primeiros meses de 2021 e vai custar 63.990 euros no mercado alemão.

Segundo o importador Toyota Caetano Portugal, o lançamento do Mirai no nosso país ainda não tem data marcada, estando dependente da instalação de estações de abastecimento de hidrogénio, que praticamente não existem. 


O lançamento do Mirai ocorre após o primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, ter anunciado uma nova meta de sustentabilidade no mês de outubro. Suga pretende reduzir a zero as emissões de carbono do país até 2050, uma proposta semelhante à da União Europeia.

"O uso de hidrogénio contribui, é um fator importante, para que se alcance a neutralidade de carbono", garantiu um dos criadores do Mirai, Yoshikazu Tanaka, citado pela Reuters. Acrescentando ainda que, este veículo é um "ponto de partida" para a utilização mais ampla de células de combustível de hidrogénio.

Os defensores do hidrogénio afirmam que esta tecnologia é "mais limpa do que outras", uma vez que a água e o calor são os únicos subprodutos utilizados. Sendo o Japão um país com poucos recursos naturais, este é também "um passo seguro para a sua segurança energética", de acordo com a reuters.

O novo modelo do Mirai, tal como o seu antecessor, continua a ser inacessível à maioria dos condutores, apesar de estes terem recebido subsídios do governo japonês. A Toyota afirma que, ao invés de produzir um carro mais acessível, pretende atrair os condutores com maior poder de compra.

A fabricante automóvel garantiu ainda no lançamento do Mirai que planeia aumentar a sua capacidade produtiva, de modo a fabricar mais veículos, ligeiros e pesados. Atualmente a Toyota produz cerca de 3 mil veículos elétricos por ano e quer agora passar a fabricar 30 mil num futuro próximo.

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