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Takata pede insolvência e já há uma empresa americana interessada
A fabricante de sistemas de airbags apresentou um pedido de insolvência no Japão e nos Estados Unidos e revelou que os seus activos serão comprados pela Key Safety Systems por 1,6 mil milhões de dólares.
Há muito envolvida numa crise de credibilidade devido aos diversos problemas com o rebentamento de airbags, a fabricante japonesa Takata apresentou dois pedidos de insolvência, nos Estados Unidos e no Japão. Segundo escreve a agência Reuters, com base em informação da Tokyo Shoko Research, a Takata terá uma dívida no valor de 15 mil milhões de dólares.
A mesma agência noticiosa adianta que a fabricante nipónica de airbags terá já alcançado um acordo para a venda dos seus activos à americana Key Safety Systems por um montante de 1,6 mil milhões de dólares.
Trata-se da maior insolvência de sempre no que concerne a indústrias japonesas, o que em muito se deve a cerca de uma década de pedidos de recolha dos automóveis equipados com sistemas produzidos pela Takata (a maior recolha de sempre de automóveis deveu-se a defeitos de fabrico nos airbags da empresa japonesa) e ao vários processos judiciais em que a empresa se encontra envolvida. No mundo, há pelo menos 17 mortes correlacionadas com defeitos nos airbags da Takata.
A TK Holdings, responsável pela insolvência apresentada este domingo nos EUA, no Estado de Delaware, faz referência a dívidas entre 10 mil milhões e 50 mil milhões de dólares, sendo que a empresa que apresentará o pedido no Japão o fez ao início desta segunda-feira, 26 de Junho.
O valor final da dívida da Takata dependerá do resultado das negociações que a empresa fizer com as fabricantes automóveis que, em grande medida, tiveram de assumir os custos relacionados com a substituição dos respectivos sistemas de segurança em muitos dos seus modelos.
Há cerca de 16 meses, a KSS já tinha chegado a acordo para assumir as operações saudáveis da Takata, enquanto as operações seriam reorganizadas por forma a assegurar a manutenção do fabrico de sistemas de segurança a serem utilizados nos veículos em que foram detectados problemas.
A Reuters adianta que a empresa americana deverá assegurar uma parte "substancial" dos 60 mil postos de trabalho da Takata que estão dispersos por 23 países bem como as fábricas situadas no Japão.