Notícia
Renault constitui-se assistente em processo contra Carlos Ghosn
A fabricante automóvel Renault anunciou esta segunda-feira que se constituiu assistente no processo de investigação do seu antigo presidente Carlos Ghosn por abusos de bens sociais e branqueamento.
24 de Fevereiro de 2020 às 20:23
Em comunicado, citado pela agência EFE, o grupo francês explicou que tomou esta decisão para fazer valer os seus direitos, acrescentando que não exclui a possibilidade de ser indemnizada, em função do resultado da investigação em curso.
Em 19 de fevereiro, a polícia de Nanterre, cidade que pertence à região metropolitana de Paris, anunciou a investigação por atos cometidos desde 2009, onde se incluem transferências feitas pela Renault à Suhail Bahwan Automobiles (SBA), uma empresa do Médio Oriente que distribuí veículos da Renault e da Nissan.
Por outro lado, está a ser investigada a possibilidade de utilização de dinheiro da empresa para pagar despesas particulares.
Entre a utilização inapropriada de fundos estão 22 milhões de dólares (19,7 milhões de euros) para comprar e renovar casas para uso próprio no Rio de Janeiro e Beirute e pagamentos de 750.000 dólares (672.000 euros) em 'cash' de consultadoria a uma irmã de Ghosn "sem que a empresa tivesse recebido nada em troca".
Em 21 de fevereiro, a audiência no Tribunal de Trabalho onde Carlos Ghosn (na foto) pretende reclamar à Renault uma reforma de 250.000 euros - depois do abandono abrupto da liderança do grupo automóvel francês em janeiro de 2019 - foi adiada para 17 de abril.
O pedido de adiamento foi justificado com a necessidade de preparar a defesa, sobretudo depois de os advogados da Renault terem apresentado um dossier de argumentação da sua posição contra a atribuição de uma indemnização a Ghosn.
Ghosn considera que tem direito aos 250.000 euros (equivalentes a três meses de salário) porque quando deixou a empresa há pouco mais de um ano tinha 22 anos de antiguidade como empregado.
Contudo, a Renault alega que desde 2005 Ghosn tinha deixado de ser um assalariado ao assumir o posto de presidente executivo.
Carlos Ghosn, de 65 anos, foi detido em novembro de 2018, em Tóquio, por alegadas irregularidades financeiras.
No final de dezembro, o empresário violou as condições de liberdade sob fiança e fugiu do Japão.
Em 19 de fevereiro, a polícia de Nanterre, cidade que pertence à região metropolitana de Paris, anunciou a investigação por atos cometidos desde 2009, onde se incluem transferências feitas pela Renault à Suhail Bahwan Automobiles (SBA), uma empresa do Médio Oriente que distribuí veículos da Renault e da Nissan.
Entre a utilização inapropriada de fundos estão 22 milhões de dólares (19,7 milhões de euros) para comprar e renovar casas para uso próprio no Rio de Janeiro e Beirute e pagamentos de 750.000 dólares (672.000 euros) em 'cash' de consultadoria a uma irmã de Ghosn "sem que a empresa tivesse recebido nada em troca".
Em 21 de fevereiro, a audiência no Tribunal de Trabalho onde Carlos Ghosn (na foto) pretende reclamar à Renault uma reforma de 250.000 euros - depois do abandono abrupto da liderança do grupo automóvel francês em janeiro de 2019 - foi adiada para 17 de abril.
O pedido de adiamento foi justificado com a necessidade de preparar a defesa, sobretudo depois de os advogados da Renault terem apresentado um dossier de argumentação da sua posição contra a atribuição de uma indemnização a Ghosn.
Ghosn considera que tem direito aos 250.000 euros (equivalentes a três meses de salário) porque quando deixou a empresa há pouco mais de um ano tinha 22 anos de antiguidade como empregado.
Contudo, a Renault alega que desde 2005 Ghosn tinha deixado de ser um assalariado ao assumir o posto de presidente executivo.
Carlos Ghosn, de 65 anos, foi detido em novembro de 2018, em Tóquio, por alegadas irregularidades financeiras.
No final de dezembro, o empresário violou as condições de liberdade sob fiança e fugiu do Japão.