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Justiça holandesa obriga Carlos Ghosn a devolver 5 milhões de euros à Nissan-Mitsubishi

O antigo alto executivo do setor automóvel Carlos Ghosn, acusado de fraude, tem de pagar cinco milhões de euros à aliança Nissan-Mitsubishi, determinou a justiça holandesa. 

20 de Maio de 2021 às 15:50
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Carlos Ghosn, antigo executivo da Nissan e Renault, acusado de fraude, tem de pagar cinco milhões de euros à aliança Nissan-Mitsubishi, determinou a justiça holandesa. 

Em comunicado, um tribunal de Amesterdão explica que o dirigente que se encontra fugido à justiça não tinha direito às quantias que recebeu "visto que não existia nenhum contrato de trabalho entre ele e a empresa" controlada por uma holding holandesa.

Com esta sentença, a justiça holandesa rejeita também o pedido de Ghosn que tentou anular a demissão de que foi alvo por parte da empresa em 2018 e pela qual pretendia receber 15 milhões de euros de compensações.

Assim, o tribunal de Amesterdão condena o ex-executivo a pagar o valor correspondente aos salários que recebeu da holding holandesa entre os meses de abril e novembro de 2018. 

O processo em Amesterdão tem como origem a decisão da Nissan que demitiu o dirigente da empresa depois de ter sido acusado de fraude e má gestão pela justiça do Japão.

Carlos Ghosn fugiu do Japão, onde chegou a estar preso preventivamente, em 2019 e encontra-se atualmente no Líbano. 

Ghosn foi inicialmente preso no mês de novembro de 2018 alegando inocência das acusações do tribunal de Tóquio por desvios de fundos da Nissan para uma conta pessoal.

O ex-executivo disse na altura que "os pagamentos" da Nissan eram destinados a "fins comerciais legais". 

Ghosn, que tem cidadania francesa, brasileira e libanesa, saiu da Renault em 1999 para a Nissan, onde lançou novos carros elétricos e veículos de luxo.
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