Notícia
Nissan recorre à justiça para exigir compensação de 83 milhões a Ghosn
A quantia exigida tenderá a aumentar à medida que a Nissan tente recuperar as multas pagas a autoridades financeiras e despesas legais.
12 de Fevereiro de 2020 às 09:34
A Nissan instaurou um processo contra o seu ex-presidente, Carlos Ghosn, com o objetivo de receber 10 mil milhões de ienes japoneses (83,2 mil milhões de euros) para compensar os alegados "danos monetários" infligidos à fabricante de automóveis pelo empresário.
No documento, que deu entrada num tribunal japonês, a empresa diz pretender a quantia "de forma a recuperar uma parte significativa dos danos monetários" que resultam de "anos de má conduta e de atividade fraudulenta". Entre as acusações está a de que Ghosn se terá "apropriado indevidamente dos recursos e ativos da Nissan", explicou depois a firma em comunicado.
A quantia exigida tenderá a aumentar à medida que a Nissan tente recuperar as multas pagas à Agência de Serviços Financeiros Japonesa e as penalizações impostas na sequência de procedimentos criminais relacionados com as atividades de Ghosn.
A soma foi calculada com base em fundos ligados a pagamentos fraudulentos feitos a ou por Ghosn. Nesta categoria incluem-se as viagens privadas em jatos da empresa, pagamentos à irmã e ao advogado pessoal, tal como os custos com a investigação da Nissan a Ghosn e os custos legais e regulatórios subsequentes.
O processo é independente de um outro, já avançado pela Nissan contra o mesmo indivíduo, nas ilhas Virgens britânicas no último agosto. A fabricante deixa ainda em aberto a possibilidade de abrir um processo em separado que incida sobre as "declarações não fundamentadas e difamatórias" feitas por Ghosn na primeira comunicação à imprensa desde que escapou do Japão para o Líbano.
O empresário foi detido no Japão em novembro de 2018 por alegada má conduta financeira. Em dezembro de 2019, fugiu para o Líbano.
No documento, que deu entrada num tribunal japonês, a empresa diz pretender a quantia "de forma a recuperar uma parte significativa dos danos monetários" que resultam de "anos de má conduta e de atividade fraudulenta". Entre as acusações está a de que Ghosn se terá "apropriado indevidamente dos recursos e ativos da Nissan", explicou depois a firma em comunicado.
A soma foi calculada com base em fundos ligados a pagamentos fraudulentos feitos a ou por Ghosn. Nesta categoria incluem-se as viagens privadas em jatos da empresa, pagamentos à irmã e ao advogado pessoal, tal como os custos com a investigação da Nissan a Ghosn e os custos legais e regulatórios subsequentes.
O processo é independente de um outro, já avançado pela Nissan contra o mesmo indivíduo, nas ilhas Virgens britânicas no último agosto. A fabricante deixa ainda em aberto a possibilidade de abrir um processo em separado que incida sobre as "declarações não fundamentadas e difamatórias" feitas por Ghosn na primeira comunicação à imprensa desde que escapou do Japão para o Líbano.
O empresário foi detido no Japão em novembro de 2018 por alegada má conduta financeira. Em dezembro de 2019, fugiu para o Líbano.