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PSA compra Opel por 2.200 milhões de euros

A aquisição vai criar o segundo maior grupo automóvel europeu e gerar poupanças anuais de 1.700 milhões de euros até 2026, altura em que a Opel estará a devolver uma margem de lucro de 6%.

Reuters
06 de Março de 2017 às 07:09
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O grupo francês PSA, liderado por Carlos Tavares (na foto) e dona das marcas Peugeot e Citroën, anunciou esta segunda-feira, 6 de Março, a compra da Opel à norte-americana GM por 2.200 milhões de euros.

A compra inclui, além da actividade produtiva da Opel (que se estende à marca Vauxhall presente no Reino Unido), as operações da sucursal financeira da GM na Europa.

Assim, a aquisição da actividade de construção automóvel está avaliada em 1,3 mil milhões de euros, enquanto o braço financeiro da GM Financials custará 900 milhões de euros. No caso deste negócio, a compra é feita em joint-venture com o banco BNP Paribas, que deterá 50% da operação, mantendo a equipa que actualmente trabalha na empresa.

De acordo com o comunicado emitido pelas duas companhias, a compra cria o segundo maior grupo automóvel da Europa, com uma quota de mercado de 17%: juntas, as marcas de ambos os grupos venderam 17.700 milhões de euros no ano passado.

A junção de negócios permitirá, de acordo com as empresas, uma economia de escalas e sinergias avaliadas em 1.700 milhões de euros até 2026, atingindo uma margem de lucro de 6% até 2026 e gerar um "cash flow" operacional positivo até 2020.

"Estamos confiantes que o 'turnaround' da Opel/Vauxhall vai acelerar significativamente com o nosso apoio, respeitando os compromissos feitos pela GM aos empregados da Opel/Vauxhall," afirma o presidente da PSA, Carlos Tavares, no comunicado.

De acordo com a Bloomberg, é expectável que Tavares replique na GM o plano levado a cabo na PSA e que passa pela redução de postos de trabalho, congelamento de salários e eliminando modelos não rentáveis. 

"Acreditamos que este novo capítulo coloca a Opel e a Vauxhall numa posição ainda mais forte no longo prazo e queremos participar no sucesso e na forte criação de valor potencial da PSA através do nosso interesse económico e da colaboração em actuais e futuros projectos," refere Mary Barra, CEO da GM.

A norte-americana deixa assim em aberto a possibilidade de participação na nova entidade que resulta da combinação da PSA e da Opel, nomeadamente através de direitos de compra de acções, que detém. As duas entidades esperam ainda colaborar no desenvolvimento de tecnologias de electrificação automóvel e em sistemas de células de combustível.


O comunicado refere a importância desta venda para o reforço do negócio principal da GM, que se concentrará no desenvolvimento de novas tecnologias de condução, contribuindo por outro lado para reduzir os requisitos de liquidez e para acelerar o processo de recompra de acções.


A confirmação da transacção chega menos de um mês depois de ter sido anunciado que as duas empresas, PSA e GM estavam a estudar a passagem para mãos europeias da marca de origem alemã, há quase 90 anos propriedade da GM. 

A GM encerrou a sessão desta sexta-feira - quando foi noticiada a iminência do negócio - a valorizar 1,24% para 38,23 dólares enquanto a Peugeot ganhou 2,89% para 19,06 euros.

(Notícia actualizada às 7:45 com mais informação)

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