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Fiat prevê aproximação da Volkswagen depois de acordo PSA-Opel

Depois do anúncio de que a PSA – Peugeot Citroën vai comprar a unidade da Opel à General Motors, o próximo passo poderá ser uma proposta de compra da Volkswagen sobre a Fiat Chrysler Automobiles. Quem o diz é o próprio CEO da marca italiana.

Bloomberg
Negócios 07 de Março de 2017 às 21:03
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O presidente executivo da Fiat, Sergio Marchionne, que deixará a presidência executiva da Fiat Chrysler em 2019, diz não ter qualquer dúvida de que, "no devido momento, a VW deverá aparecer para ter uma conversa connosco com vista a uma fusão". As declarações foram feitas esta terça-feira, 7 de Março, no Salão Automóvel de Genebra.

 

Na opinião de Marchionne [que em Maio do ano passado assumiu também a liderança da Ferrari], citado pela Bloomberg, a fusão PSA-Opel "ameaça mais a Volkswagen, criando um número 2 mesmo junto aos seus calcanhares".

 

A venda da Opel ao grupo francês PSA, anunciada ontem, poderá desencadear uma nova onda de fusões no sector automóvel, numa altura em que as fabricantes do sector se confrontam com o crescimento do mercado dos veículos autónomos e dos carros eléctricos, sublinha a Bloomberg.

 

"Esta indústria está a caminhar no sentido de uma maior consolidação", comentou Carlos Ghosn, CEO da Renault [que no ano passado acrescentou a Mitsubishi à carteira do grupo automóvel francês], numa entrevista à Bloomberg TV, à margem do Salão Automóvel de Genebra.

 

Em seu entender, "iremos ver cada vez mais intervenientes a tentarem ganhar em termos de escala. E isso é lógico, devido aos substanciais investimentos que temos de fazer".

 

O grupo PSA, liderado por Carlos Tavares e dono das marcas Peugeot e Citroën, anunciou que a compra da Opel à norte-americana GM ascenderá a 2.200 milhões de euros. Esta aquisição inclui, além da actividade produtiva da Opel (que se estende à marca Vauxhall, presente no Reino Unido), as operações da sucursal financeira da GM na Europa.

 

Segundo a Bloomberg, a PSA está preparada para avançar para outros acordos, incluindo a oferta por uma participação na malaia Proton Holdings – "mais uma fabricante automóvel que está a perder dinheiro e que é dona da marca britânica de carros desportivos Lotus".

 

Entretanto, a Volkswagen, ainda a recuperação do escândalo de manipulação das emissões poluentes, diz não estar a sentir qualquer pressão adicional com o casamento PSA-Opel, refere a Bloomberg.

 

A fabricante alemã, que conta com 12 insígnias, tem negado continuamente as especulações de que estará interessada em aquisições de vulto.

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