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Detroit, a capital automóvel perdeu a força

São as fabricantes norte-americanas quem mais apostam no salão automóvel de Detroit. Mas é da Alemanha que vêm os conceitos inovadores e os novos paradigmas de condução. Espreite as novidades.

11 de Janeiro de 2016 às 19:26
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Longe vão os tempos áureos do North American International Auto Show, mais conhecido como salão automóvel de Detroit. Outrora a capital do automóvel, Detroit foi perdendo a sua importância neste contexto, sobretudo depois de a cidade ter entrado em falência em 2013. Outras mostras – como o CES em Las Vegas – foram-se tornando montras mais atractivas para o sector automóvel.

Detroit resiste e não faltam novidades nesta edição, sobretudo novas versões. Condução autónoma, electrificação e conectividade dos veículos são tendências. Sempre com um bom "embrulho" de design e potência nos motores.

Não faltam os conceitos mais futuristas, como o Audi h-tron quattro, movido a hidrogénio. O novo SUV (utilitário desportivo, o segmento em que mais marcas apostam actualmente) só deverá começar a ser produzido em 2020. Mais cedo chega a versão eléctrica, o e-tron. Do grupo Volkswagen ouviu-se também um pedido de desculpas aos condutores americanos afectados pelo escândalo de manipulação de emissões poluentes.


Foi pelo desafio da condução autónoma que a Mercedes-Benz surpreendeu a cidade americana, com o esperado lançamento do Classe E. Eficiência, segurança e conforto são apontados como pilares deste novo modelo, que deverá chegar ao mercado português ainda no primeiro semestre deste ano.


A Ford também quer ter carros que se "conduzem sozinhos" e anunciou na mostra que está a testar os seus veículos na neve. As intempéries – como chuva forte, neve ou granizo – têm sido vistos como um dos maiores desafios para este passo na indústria.

Além de mudanças no Ford Fusion, a versão do Mondeo naquele país, a construtora americana apresentou um novo programa para clientes. O Ford Pass permite a proprietários aceder a parques pré-pagos, serviços de partilha de viaturas ou chamar a assistência em viagem. Tudo através de uma aplicação de telemóvel.

Os eléctricos são um forte. Pelas presenças: a General Motors aposta no eléctrico Chevy Bolt, por exemplo. E pelas ausências: a Tesla não figura nas marcas representadas em Detroit. A empresa, que anunciou novidades no seu sistema de condução autónoma, optou por apostar na publicidade. À lista dos ausentes juntam-se outras marcas como Jaguar, Land Rover, Bentley ou Mini.


A imprensa especializada americana já escolheu os melhores carros e, desta vez, os prémios não ficam dentro de fronteiras. O Honda Civic e o Volvo XC90 acabaram por sair vencedores numa competição decidida por um grupo de 55 jornalistas.

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