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Quem tem obrigação de segurar os carros de condução automática?

O sector segurador poderá contar em breve com a entrada de novos “players” como a Google, Alibaba e Ford, um dos futuros desafios para os actuais intervenientes do mercado. A regulação dos veículos de condução automática é outro dos desafios.

Miguel Baltazar/Negócios
25 de Novembro de 2015 às 16:29
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Quem tem a obrigatoriedade de segurar os futuros veículos de condução automática? O produtor ou o condutor? Estas foram algumas das questões levantadas por Pedro Seixas Vale, presidente da Associação Portuguesa de Seguradoras, durante o 25.º Congresso de Comunicações da APDC, que decorre esta quarta-feira, 25 de Novembro.

 

Questões que ainda não têm resposta, uma vez que ainda não há regulação específica, mas que podem representar um futuro risco para o sector segurador, sublinhou o responsável.

 

Nos últimos anos os veículos de condução automática têm estado no centro das apostas das tecnológicas e da indústria automóvel. E a chegada destes veículos às estradas pode acontecer já daqui a cinco anos, como referiu recentemente Chris Urmson, líder do programa de carros automáticos da Google, uma aposta que gigante tecnológica iniciou em 2009.

 

O desenvolvimento de carros automáticos não é consensual entre a gigante norte-americana e os produtores de veículos. Enquanto o Google está a apostar em carros que conduzem sozinhos, estando já a fazer testes, a indústria automóvel está a introduzir de forma gradual algumas funções automatizadas nos seus veículos. É o caso da General Motors, da Volkswagen e da Tesla.

 

Mas empresas como a Google ou Alibaba não representam só uma ameaça neste campo. "Estão também a dedicar atenção para fazerem seguros", referiu Pedro Seixas Vale.

 

E a entrada de novos "players" na actividade dos seguros pode estar para breve: "A Google tem hesitado entrar no sector, mas creio que não demorará muito mais tempo", comentou o presidente da Associação Portuguesa de Seguradoras.

 

"Temos de fazer face aos novos riscos que estão a acontecer", alertou. Além da questão dos carros automáticos e da entrada de novos "players" no cenário dos seguros, os novos estilos de vida das pessoas, as catástrofes naturais e o problema do terrorismo foram outros dos riscos apontados.

 

Durante a sua intervenção, Pedro Seixas Vale destacou ainda que o sector dos seguros em Portugal está a ter uma evolução "muito rápida". "Não tem tido qualquer problema de solvabilidade", sublinhou.

 

Actualmente tem um volume de negócios de 15 mil milhões de euros anuais, "maior do que distribuição ou o turismo".

 

"Neste momento gere activos no valor de 45,5 mil milhões de euros", adiantou.

 

O 25.º Congresso das Comunicações da APDC, dedicado ao estudo das tendências de negócio, decorre esta quarta e quinta-feira no CCB, em Lisboa.

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