Depois da Feira de Tecnologia de Consumo de Las Vegas, é a vez do Detroit Auto Show, ou se preferir, do Show Automóvel Internacional da América do Norte (NAIAS, na sigla inglesa), em Detroit. Aqui, o foco não está nos carros futuristas que demorarão anos a chegar aos stands, mas as novidades "reais" das principais marcas automóveis.

Este evento anual tem-se mantido fiel ao "core" do sector automóvel. O foco, escreve o The Verge, está no design e na potencia do motor, contrariamente ao que acontece na Feira de Tecnologia de Consumo de Las Vegas, em que são apresentados cada vez mais carros, mas cujo foco é a inovação tecnológica, ou se preferir, os carros do futuro.

Ainda assim, o The Guardian questiona até quando a feira automóvel de Detroit se manterá relevante, considerando o número de revelações de marcas do sector feitas na CES 2016 e que "no passado teriam sido realizadas provavelmente numa feira automóvel".

O jornal exemplifica: A General Motors introduziu a versão do seu carro eléctrico Bolt na CES, sendo que no ano passado o conceito foi revelado em Detroit e a Volkswagen apresentou o BUDD-e, a sua micro-van eléctrica, também na feira de tecnologia.

"Estamos num ponto em que a CES é tão importante para a indústria [automóvel] como muitas exposições automóveis", salientou Ashkay Anand, analista da Kelley Blue Book ao The Guardian.

Max Muncey, porta-voz da NAIAS diminui a questão e argumenta: "Há um impulso automóvel na CES, mas quando se olha para a nossa exposição, é aqui que estão os modelos reais onde essa tecnologia é aplicada". "Com o lançamento de mais de 40 modelos, 90% dos quais a nível mundial, e mais de 30 CEO’s no espaço, são grandes dias", reforçou.

A Bentley, a Jaguar, a Land Rover, a Maserati, a Tesla e a Rolls-Royce não estarão presentes no Detroit Auto Show.

Entretanto, um painel de 55 jornalistas do sector distinguiu o Honda Civic e o Volvo XC90 como sendo os carros do ano esta segunda-feira, dia em que o Detroit Auto Show abriu portas. A feira automóvel termina a 24 de Janeiro.