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A semana em oito gráficos: Bolsas em queda na Europa e EUA. Petróleo também afunda
As bolsas europeias e norte-americanas registaram um saldo semanal negativo, numa altura em que os receios de recessão nos EUA têm estado a mexer com o sentimento dos investidores, deixando-os mais cautelosos e avessos ao risco. Agora, a reunião do BCE na próxima quinta-feira está no centro das atenções.
Stoxx 600 tem maior queda de 18 meses
As principais bolsas de ambos os lados do Atlântico cederam terreno com os receios de uma recessão nos EUA e devido ao menor crescimento do PIB da Zona Euro e da UE no segundo trimestre. O índice de referência europeu Stoxx 600 perdeu 3,52%, a maior queda percentual desde a semana terminada a 17 de março de 2023.
PSI desvaloriza na semana
O índice de referência nacional recuou no cômputo da semana, a acompanhar o mau momento da generalidade das restantes praças da Europa Ocidental, com o PSI a ceder 0,61% - que, ainda assim, foi a menor queda entre os seus pares – e a reduzir o ganho anual para 5,04%.
Mota lidera perdas em Lisboa
A Mota-Engil foi a cotada do PSI com pior desempenho, a afundar 18,38%, pressionada pela dívida persistente e receios de um menor crescimento económico global, a par com a aposta na sua queda por parte de um fundo abutre. Do lado contrário, as subidas do grupo EDP ajudaram a travar maiores perdas do PSI.
Volvo entre as piores da Europa
A fabricante sueca de automóveis Volvo esteve entre as piores performances do índice Stoxx 600, a recuar perto de 15% para o seu mais baixo nível desde janeiro. Isto depois de anunciar que iria rever em baixa as suas metas para a margem de médio prazo e para as receitas, além de abandonar a meta de 2030 para que todos os seus carros sejam elétricos e híbridos.
Tecnológicas pesam no S&P500
As cotadas do setor tecnológico têm estado a perder terreno, sobretudo devido ao receio de que estejam muito sobreavaliadas, dadas as fortes subidas de 2023 e deste ano. No conjunto da semana, a Intel, a Nvidia, a KLA e a Broadcom estiveram entre os piores desempenhos do índice S&P500.
Dólar cai face ao euro e iene
A nota verde esteve a ceder terreno esta semana, numa altura em que cresce a expectativa de um alívio da política monetária nos EUA. Perante os dados do mercado laboral aquém do esperado, aumenta a aposta num corte de 50 pontos base dos juros diretores da Reserva Federal na reunião de 17 e 18 de setembro.
Petróleo afunda quase 10%
Os preços do ouro negro fecharam a semana no vermelho, com o crude de referência para as importações europeias – Brent do Mar do Norte – a mergulhar 9,84% no cômputo das cinco sessões, devido aos receios de menor procura por parte da China, que é o maior importador mundial, num contexto de mais matéria-prima no mercado com o regresso do petróleo da Líbia.
Juros da Zona Euro e dos EUA aliviam
As “yields” das dívidas soberanas da Zona Euro e dos Estados Unidos desagravaram-se, muito à conta da maior procura pela segurança das obrigações, numa altura em que os riscos económicos e geopolíticos estão na ordem do dia.