Uma brincadeira na rede social TikTok, sinalizando as compras no Mercadona entre as 19h e as 20h como "hora do engate" – bastando, por exemplo, levar no carrinho um ananás de pernas para o ar e chocar "acidentalmente" com outro que tenha o fruto na mesma posição –, tornou-se um fenómeno ibérico e foi já batizado como "Mercatinder".

Uma moda que até já provocou a intervenção das autoridades policiais: há uma semana, num supermercado da cadeia em Bilbau, Espanha, uma enorme quantidade de pessoas, sobretudo jovens, que se dirigiram à loja para virarem ananases, levou a uma intervenção insólita da polícia autónoma do País Basco, a Ertzaintza.

Entretanto, em Portugal, a Mercadona abriu esta quinta-feira, 5 de setembro, em Coimbra, a sua 52.ª loja no nosso país.

Situada no Atrium Solum (antigo pequeno shopping), na Avenida Elísio de Moura, n.º 85, é a única loja da retalhista espanhola que está instalada no interior de um prédio de habitação.

"Já era tempo de a Mercadona, uma fortíssima e relevante marca ibérica, chegar a Coimbra, e logo abrindo duas lojas [a primeira no distrito abriu na Figueira da Foz, no ano passado] num curto espaço de tempo", afirma José Manuel Silva, presidente da Câmara de Coimbra, em comunicado do grupo espanhol.

"Com esta abertura vamos criar 90 empregos, estáveis e de qualidade", afiança Carla Cunha, diretora de relações externas da zona Centro-Norte da Mercadona Portugal.

As próximas aberturas da Mercadona em Portugal estão marcadas para 19 de setembro, em Leiria, e 3 de outurbo, em Évora.

Chegado ao nosso país a 2 de julho de 2019, com a abertura de uma loja em Canidelo, Vila Nova de Gaia, a Mercadona realça que, nestes cinco anos, já investiu em Portugal mais de mil milhões de euros, incluindo dois blocos logísticos – um na Póvoa de Varzim e outro em Almeirim.

A operação portuguesa da Mercadona acumulou vendas próximas dos 2,8 mil milhões de euros, dos quais metade no ano passado, exercício em que o grupo consolidou uma faturação de 35,5 mil milhões de euros.

Em termos de emprego, fechou 2023 com um total de 104 mil trabalhadores, dos quais cerca de seis mil em Portugal.