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Detroit. Vai Trump tirar a energia ao eléctrico?

Mais de 40 novidades no North America International Auto Show. Numa altura em que os SUV dominam, os carros eléctricos e autónomos começam a ganhar força. A incerteza na figura de Donald Trump não é benéfica.

09 de Janeiro de 2017 às 15:48
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Arrancou mais uma edição do North America International Auto Show. Mais conhecido como salão automóvel de Detroit, as portas abriram este domingo, 8 de Janeiro.

São esperados mais de 800 mil visitantes para conhecer 40 carros que se apresentam pela primeira vez ao público. Os utilitários desportivos – SUV, os favoritos dos norte-americanos – estão em destaque.


Mas não vêm sozinhos. A Google, através da Waymo, apresenta o seu protótipo de carro autónomo. A esta tendência juntam-se os carros eléctricos. Há cinco anos, o preço do petróleo estava em alta e a administração Obama encarava a descarbonização e a economia verde como prioridades, o que dava impulso a esta vertente da mobilidade.


E agora, quando Donald Trump se prepara para assumir a presidência dos Estados Unidos da América? "Os fabricantes estão a queixar-se que debaixo da administração Trump o futuro é imprevisível", conta à Bloomberg Eric Noble, consultor da The CarLab.


Durante a campanha eleitoral, o futuro líder nunca mostrou receio em contornar os princípios ambientalistas, tornando menos atractivo o segmento dos eléctricos para quem os fabrica. Depois, basta visitar-lhe o Twitter nos últimos dias para perceber que Trump tem um novo alvo: a indústria automóvel.


Para "proteger" a economia e empregos americanos, Donald Trump já se dirigiu à Ford, à General Motors e à Toyota - para que invistam no país e aí produzam os seus carros. A Ford acabou mesmo por abandonar os seus planos para o México e vai investir nos Estados Unidos. Já a Fiat também vai aplicar mil milhões de dólares em Ohio e Michigan e criar 2.000 empregos.


Embora as estratégias variem, parece ser consensual entre os especialistas que os preços dos automóveis possam vir a aumentar com esta intenção "proteccionista" de Trump: a mão-de-obra é mais cara nos Estados Unidos do que em outros pontos como o México.


No meio de tanta novidade e "glamour" automóvel neste salão de Detroit, fica esta sombra de dúvida perante o futuro. Pode um político ditar as tendências da estrada?

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