Notícia
Toyota vai investir 10 mil milhões de dólares nos Estados Unidos
A marca de automóveis japonesa Toyota vai investir 10 mil milhões de dólares nos Estados Unidos nos próximos cinco anos, anunciou esta segunda-feira a empresa no salão automóvel anual da cidade norte-americana de Detroit.
O anúncio surge apenas alguns dias após o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, ter criticado a companhia japonesa por ter anteriormente anunciado que iria relocalizar a produção do Toyota Corolla no México.
A Toyota vai aplicar a maior parte do novo investimento na modernização das fábricas da marca, disse a porta-voz, Amanda Sawyer Roark, num e-mail enviado à agência de notícias francesa AFP.
"Este investimento também inclui a nossa nova sede em Plano e a investigação na área de veículos autónomos e robótica", indicou.
O construtor automóvel escusou-se a dizer se os investimentos levarão à criação de novos postos de trabalho, um dos principais lemas do Presidente eleito, que tem repetidamente referido as marcas de automóveis nos seus 'tweets'.
A Toyota, a maior construtora automóvel do mundo, empresa 40.000 pessoas nos Estados Unidos, 5.000 das quais foram contratadas nos últimos cinco anos.
Na passada quinta-feira, Trump escreveu na sua conta da rede social Twitter sobre os planos da Toyota para o México: "NO WAY! Construa a fábrica nos EUA ou pague um grande imposto alfandegário".
Como outras empresas que Trump atacou no Twitter, a ameaça preocupou a indústria automóvel japonesa e o preço das ações da Toyota caiu na bolsa de Tóquio.
A marca reagiu recordando os investimentos que já tem nos Estados Unidos.
"Com mais de 21,9 mil milhões de dólares de investimento directo nos Estados Unidos, a Toyota está empenhada em colaborar com o Governo Trump para servir os interesses dos consumidores da indústria automóvel", declarou a companhia, em comunicado.
Além da Toyota, Trump também criticou - e ameaçou de igual tratamento - a General Motors e a Ford, por relocalizarem as suas instalações de montagem de veículos no México para beneficiarem de mão-de-obra mais barata ao abrigo das regras do comércio livre.