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Capoulas Santos: “Sem o financiamento do BEI não é possível concluir o Alqueva”

As verbas do Plano de Desenvolvimento Rural 2020 para financiar o regadio já não tem “margem” para concluir o Alqueva. A barragem do Pisão “não estará no plano de regadio”.

Miguel Baltazar
06 de Julho de 2016 às 13:02
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"Dos 350 milhões de euros previstos [no PDR – Plano de Desenvolvimento Rural 2020] para o regadio, temos uma margem de 50 milhões de euros", afirmou esta quarta-feira, 6 de Julho, o ministro da agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural.

Capoulas Santos, que na manhã desta quarta-feira está presente em audição regimental da comissão da Agricultura do Parlamento, justificou assim que as verbas destinadas a financiar sistemas de rega e irrigação com fins agrícolas no programa de apoio à modernização da agricultura até 2020 já estão comprometidas na sua grande maioria até ao final do actual quadro comunitário de apoio.

O ministro, que admitiu que o Governo pensou que o financiamento da conclusão do sistema de regadio da barragem do Alqueva "não poderia ser incluído no Plano Juncker", teve a aprovação da Comissão Europeia para esse efeito.

Mas, afirmou Capoulas Santos, "sem o financiamento do BEI [Banco Europeu de Investimento] não é possível concluir o Alqueva", frisou. "Iniciámos a negociação" com o BEI, adiantou ainda o governante, que espera que a "negociação seja bem sucedida".

Regadio no Pisão "incomportável"

Se no caso do Alqueva, um investimento de 100 milhões de euros (cerca de metade do que falta para concluir todo o sistema) permitiria levar água a 25 mil hectares novos, no Pisão um custo quase equivalente ("cerca de 95 milhões de euros") é o necessário para irrigar "10 a 12 mil hectares" e "pouco mais de meia dúzia de produtores", classificou.

E, como o contexto do financiamento comunitário ao regadio português se mantém o mesmo, esclareceu Capoulas Santos, o sistema de regadio da barragem do Pisão, "com toda a probabilidade, não estará no plano de regadio" nacional financiado pelo PDR 2020.

Pelos encargos que implica em termos de financiamento de Bruxelas e co-financiamento de Lisboa, justificou ainda o ministro da Agricultura, é "completamente incomportável financiar a barragem e os custos de rede de regadio" no caso do Pisão.

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