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Gestora do Alqueva faz terceiro aumento de capital este ano
A Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva (EDIA), detida pelo Estado, vai aumentar o capital social em 5,7 milhões de euros. Pedro Salema, actual presidente, viu também o seu mandato renovado até 2017.
A gestora do projecto de Alqueva, a Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva (EDIA) vai proceder ao terceiro aumento de capital deste ano, desta feita no valor de 5,7 milhões de euros.
De acordo com o comunicado disponível esta quinta-feira, 30 de Julho, na CMVM, no passado dia 22 de Julho "foi aprovado por deliberação unânime por escrito aumentar o capital social da EDIA", no "valor de 5.700.000,00 euros".
A injecção na empresa, de capitais 100% públicos, será feita, segundo a mesma comunicação ao mercado – onde a EDIA tem uma emissão obrigacionista – "através da emissão de 1.140.000 novas acções nominativas, no valor de cinco euros cada, a subscrever e realizar pelo accionista Estado português", dos quais "3.747.536,14 euros até 15 de Setembro".
A EDIA tem, actualmente, um capital social de 400,85 milhões de euros e um capital próprio negativo de 470,95 milhões de euros, de acordo com o mesmo comunicado ao mercado.
Esta é a terceira vez que o Estado português injecta capital na EDIA por aumento de capital: o primeiro foi aprovado a 12 de Março, comunicado ao mercado a 7 de Abril e teve o valor de 3,2 milhões de euros.
O segundo aumento de 2015 foi aprovado a 13 de Maio, comunicado ao mercado no dia 21 do mesmo mês, e ascendeu ao montante de 4,6 milhões de euros.
Em declarações ao Negócios, publicadas a 8 de Abril, o presidente da EDIA, Pedro Salema, explicou que o aumento fora necessário para "despesa como serviço da dívida", cujo entendimento é agora de passar a capital social (depois da integração da empresa no perímetro das contas públicas no final de 2014).
O aumento que a então se referia o presidente da EDIA, o de Março (no valor de 3,2 milhões de euros) tinha sido "proporcional" "à prestação por um empréstimo de longo prazo", devido no semestre ao BEI-Banco Europeu de Investimento, justificou então Pedro Salema.
O projecto do Alqueva faz, em 2015, duas décadas desde que foi lançado, tendo sido elogiado ainda esta semana, por Aníbal Cavaco Silva, Presidente da República.
Pedro Salema reconduzido
Em comunicado separado, mas divulgado também esta quinta-feira ao mercado, a gestora do Alqueva anunciou ainda que, no mesmo dia da aprovação do terceiro aumento de capital – 22 de Julho de 2015 – "foi aprovado por deliberação social unânime por escrito" a "eleição" dos "membros dos órgãos sociais para o mandato 2015-2017 da EDIA".
O conselho de administração mantém-se assim o mesmo: com Pedro Salema como presidente, e Augusta de Jesus Cachoupo e Jorge Manuel Gonzalez como vogais.
A mesa da assembleia-geral é presidida Por Carlos Alberto Portas, tendo como secretários José Pedro Silva Martins e Cristina Maria Freire.
No conselho fiscal, o presidente mantém-se António Bernardo Lores da Séves, assim como Nélson Manuel Costa dos Santos e Cristina Maria Vieira Sampaio permanecem como vogais efectivos. Carlos Lopes Pereira substitui Orlando Castro Borges na mesma função, no triénio 2015-2017.
A EDIA anuncia ainda que foi deliberada "a não eleição de comissão de fixação de remunerações". E que, "para o triénio de 2015-2017", foi ainda fixado "o estatuto remuneratório e as demais regalias e benefícios sociais para os membros dos órgãos sociais".