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PSD e UGT pedem à esquerda que resolva a alternativa à TSU

Pedro Passos Coelho mantém-se inflexível no chumbo ao desconto da TSU e remete responsabilidades para a articulação do Governo com os partidos à esquerda. UGT alinha.

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No final de uma reunião de pouco mais de uma hora com Carlos Silva, da UGT, o PSD mostrou-se inflexível e reiterou a intenção de chumbar o desconto na taxa social única (TSU), comprometendo a concretização acordo de concertação social. O PSD remeteu a responsabilidade pela solução do problema para PS, PCP e BE, depois de a UGT ter defendido que "todos os partidos" devem envolver-se na solução.

 

À saída da reunião na sede do PSD tanto Carlos Silva, da UGT, como Marco Antonio Costa, vice-presidente do PSD, evitaram falar em alternativas sublinhando que é o Governo que tem de as encontrar, em articulação com PCP e Bloco de Esquerda.

 

Carlos Silva disse "compreender" os argumentos do PSD, que sustenta que "não tem de fazer o frete de ser muleta do governo".

 

"O apelo é para que nenhum partido fique de fora" da solução que garanta uma alternativa à TSU, afirmou Carlos Silva, sugerindo que o PSD não tem de viabilizar medidas que a esquerda não subscreva.

 

"Se não é esta alternativa então qual é alternativa para compensar as entidades empresariais? Será que à esquerda qualquer alternativa que seja apresentada para compensar as entidades empresariais será aceite?", questionou.

 

"Aguardamos que o Governo seja capaz, com os seus aliados" de "encontrar soluções para resolver os problemas que eles próprios criaram", disse também Marco António Costa.

 

O vice-presidente do PSD considerou que, ao ter promovido a assinatura relâmpago do acordo, o Governo está a fazer um "jogo político" ao tenta empurrar para o PSD a responsabilidade de um problema que criou.

 

E se a alternativa for, por hipótese, uma redução do IRC, o PSD também a chumba?

 

"Quando o Governo e a maioria apresentarem a solução alternativa eu respondo-lhe à pergunta", reagiu Marco António Costa.

 

O Governo chegou no final de Dezembro a um acordo com os parceiros sociais que envolve a subida do salário mínimo em 5,1%, para 557 euros, que já está em vigor.

 

A principal contrapartida prometida aos patrões foi a redução da taxa social única para as empresas abrangidas em 1,25 pontos, uma medida que entraria em vigor em Fevereiro.

 

O PCP e o Bloco de Esquerda já tinham anunciado que iam pedir a apreciação parlamentar do diploma, que contestam. Na semana passada, o PSD anunciou que vai juntar os seus votos aos do PCP e do BE para revogar o desconto da TSU, inviabilizando, assim, a concretização do acordo de concertação social.

   

(Notícia actualizada às 15:50 com mais informação)

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