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João Vieira Lopes: “O cenário de eleições antecipadas é possível”

O cenário de eleições antecipadas é “possível” mas o Presidente da República não estará, na opinião do presidente da CCP, “muito virado para essa solução”.

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O chumbo da redução da TSU no Parlamento gera "bastantes interrogações" sobre a estabilidade política. Sendo "possível", o cenário de eleições antecipadas pode não ser do interesse do Presidente da República e "só não é muito provável" este ano por causa das autárquicas.

Questionado sobre se a instabilidade política gerada pelo chumbo do desconto na TSU pode levar a eleições antecipadas, o presidente da CCP começa por admitir que sim.

"Depende muito do desenvolvimento mas é um cenário que acho que é possível", responde, em entrevista à Antena 1 e ao Negócios.

Ainda que esse cenário não interesse a Marcelo Rebelo de Sousa.

"Penso que o presidente da República não está muito virado para esse tipo de soluções mas acho que neste momento há bastantes interrogações", acrescenta.

O cenário de eleições antecipadas "só não é muito provável" já em 2017 por causa das autárquicas.

"Neste momento há uma focalização dos partidos nas autárquicas e além disso por parte dos partidos da maioria tem havido uma tentativa de separar o suporte ao Governo desta situação", ou seja, da instabilidade gerada depois de o PSD ter anunciado que vai juntar os seus votos aos do PCP e do Bloco de Esquerda para chumbar no Parlamento o desconto na taxa social única que tinha sido prometido aos patrões como contrapartida pelo aumento em 5,1% do salário mínimo nacional.

O cenário de eleições antecipadas foi defendido por Francisco Assis, que afirmou esta semana em entrevista à Antena 1 que a "maioria parlamentar deixou de existir".

Num artigo de opinião do Público, sustenta que serão difíceis os entendimentos à esquerda e à direita. "Qual a saída precária para tão precária situação? Por muitos custos que possa ter, não vislumbro outra que não passe a curto ou médio prazo pela realização de eleições legislativas antecipadas".

 

Numa primeira reacção, o dirigente do PS e secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Pedro Nuno Santos, sublinhou a "proeza" de o eurodeputado socialista se ter antecipado à oposição quando sugeriu eleições antecipadas. "Vamos criar instabilidade política? Porquê? Para quem? Em nome do quê?"

 

"Não podemos desbaratar a estabilidade e os resultados que temos conseguido", acrescentou, citado pela TSF.

 

A Conversa Capital desta semana, onde o presidente da CCP também sugere que as alternativas à TSU passem pelo IRC e pelas tributações autónomas, será publicada na edição de segunda-feira do Jornal de Negócios.

 

 

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