Notícia
Portugal exporta quase mil milhões de euros de medicamentos
A indústria farmacêutica registou em 2017 o segundo melhor exercício da década, apesar do recuo homólogo. EUA, Angola, Brasil e Venezuela causaram "perturbação" nas vendas ao exterior na primeira metade deste ano.
As empresas portuguesas exportaram 959 milhões de euros de medicamentos em 2017, o que representou uma quebra homóloga de 6%. Ainda assim, este valor registado pelo INE bastou para que fosse o segundo melhor exercício anual da década para a indústria farmacêutica.
Com vendas medicamentos de marca, genéricos e substâncias activas para mais de 140 países, os Estados Unidos (18,2%) continuaram a ser o melhor destino durante o ano passado, seguidos pela Alemanha (15,2%) e pelo Reino Unido (12,1%).
Porém, os dados citados pelo Público esta segunda-feira, 17 de Setembro, mostram que a maior economia do mundo está a recuar nas compras. Após ter baixado a quota nas exportações portuguesas – em 2016 valia quase um quarto do total – nos primeiros sete meses de 2018 afundou 58%, para cerca de 55 milhões de euros.
Enquanto a Apifarma notou que a conjuntura em Angola, Brasil e Venezuela "pode justificar alguma da perturbação registada", o líder da Associação Portuguesa de Medicamentos Genéricos (Apogen), Paulo Lilaia, disse ao mesmo jornal que a "percepção é que a quantidade e o valor de medicamentos produzidos cá e exportados continua a aumentar, o que poderá ter diminuído são os medicamentos importados e depois exportados em que Portugal serve de plataforma".