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Porto monta centro de rastreio para covid-19 no Queimódromo
Numa parceria com várias empresas privadas, como a Unilabs, a centro para testes fora do meio hospitalar vai receber pacientes suspeitos de infeção e previamente referenciados pelo SNS, já a partir de 18 de março.
O Porto vai montar um centro de rastreio para covid-19 em modelo "drive thru" na zona do Queimódromo, localizado numa das entradas do Parque da Cidade. A infraestrutura arranca na quarta-feira, 18 de março, apenas mediante marcação prévia desencadeada pelo Serviço Nacional de Saúde.
"Este modelo permite aos pacientes suspeitos de infeção e previamente referenciados pelo Serviço Nacional de Saúde poder deslocar-se até ao ponto de recolha (…) sem entrar em contacto com outras pessoas, reduzindo o risco de infeção em cada colheita até para os profissionais envolvidos. Os resultados serão depois enviados diretamente ao suspeito e às autoridades de saúde pública", informa a autarquia portuense.
Envolvendo várias instituições públicas – Câmara do Porto, ARS Norte, Proteção Civil, Polícia Municipal – e também empresas privadas que disponibilizam meios humanos e materiais, como a Unilabs Portugal, esta iniciativa visa "testar doentes fora de meio hospitalar, em condições de conforto e segurança coletiva e aliviar o afluxo de potencias suspeitos portadores aos hospitais".
Num comunicado conjunto, a autarquia da Invicta, a estrutura nortenha da ARS e a filial portuguesa da Unilabs – liderada por Luís Menezes e "focada em apoiar o SNS nesta luta" –, antecipam que este sistema irá permitir a realização de cerca de 400 testes diários, podendo evoluir para 700 numa fase posterior.
Rui Moreira sustenta que "este modelo, pioneiro em Portugal, pode ser replicado noutras cidades do país e ajudar a salvar vidas e, simultaneamente, a melhorar as condições de atendimento dos profissionais de saúde em contexto hospitalar".
Médicos dentro e polícia à porta
Com as entradas e as saídas do recinto a serem controladas pela polícia, neste centro que avança em regime de parceria público-privada vão trabalhar médicos de medicina geral e familiar. Aplicam um inquérito epidemiológico e sintomático (RedCap), destinado a avaliar a necessidade de teste ou de outra orientação.
"Esta iniciativa ajuda os hospitais a receberem apenas quem de facto precisa de ser apoiado medicamente, protegendo os pacientes, as unidades hospitalares e os médicos de serviços adicionais que podem ser prestado em regime de ambulatório", conclui Carlos Nunes, presidente do Conselho Diretivo da ARS-Norte.
Segundo a mais recente atualização feita pela Direção Geral de Saúde, a 16 de março, estão confirmados 331 casos em Portugal, dos quais 139 estão hospitalizados. Não há registo de vítimas mortais no país.
(Notícia atualizada pela última vez às 12:30 com dados sobre os infetados no país)