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Parlamento reúne-se uma vez por semana com 1/5 dos deputados

A proposta de Ferro Rodrigues prevê ainda a interrupção das comissões e faltas justificadas para parlamentares e funcionários em grupos de risco. Eventual pedido de estado de emergência será votado ainda na quarta-feira.

Lusa
16 de Março de 2020 às 14:05
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Reunião plenária uma vez por semana até à Páscoa, "exceto se as circunstâncias o exigirem", com apenas um quinto dos deputados presentes e com deliberações que reflitam a proporção de cada grupo parlamentar. É esta a proposta que deverá ser aprovada pela conferência de líderes na reunião desta tarde.

 

O Presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, anunciou ainda esta segunda-feira, 16 de março, que as comissões devem reunir-se apenas se necessário e com a presença dos elementos da mesa e os coordenadores de cada partido. Os deputados e os funcionários incluídos em grupos de risco terão as faltas justificadas.

Sendo certo que o funcionamento normal dos trabalhos e a votação de dossiers de competência não exclusiva do Parlamento podem ser assegurados por um quórum de um quinto dos 230 deputados, há matérias exclusivas da competência da Assembleia da República que exigem um quórum mínimo para votações em plenário de 116 deputados. Ou seja, há medidas urgentes já aprovadas pelo Governo, e outras que poderão sê-lo entretanto, que exigem a votação de um mínimo de 116 parlamentares.

 

O plenário desta semana deve acontecer na quarta-feira à tarde, para votar um possível pedido de autorização que chegará do Palácio de Belém, depois de ouvido o Governo, para declarar o estado de emergência. A decisão será tomada depois da reunião do Conselho de Estado convocada por Marcelo, que está agendada para a manhã desse dia e que acontecerá por teleconferência.

 

"O estado de emergência tem diversas configurações possíveis. Não é qualquer coisa que se possa votar cegamente. Espero que quando [o pedido] chegar aqui ao Parlamento, venha claramente explícito quais são as consequências para as pessoas dessa declaração. (…) Mas iremos votar com a urgência que seja necessária", frisou.

 

Ferro Rodrigues sublinhou que, "como órgão de soberania, [o Parlamento] não pode deixar de funcionar e demitir-se das suas funções, sobretudo neste momento de total urgência". "Deve antes manter o acompanhamento permanente do evoluir da situação e uma cuidada fiscalização da ação do Governo, em respeito pela Constituição", acrescentou.

 

O Parlamento deve antes manter o acompanhamento permanente do evoluir da situação e uma cuidada fiscalização da ação do Governo, em respeito pela Constituição. FERRO RODRIGUES, PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA

"A Assembleia da República não pode esquecer que se há milhões de portugueses em casa, há milhões a trabalhar e a garantir que o país funciona, que a economia não pára e que o desemprego não explode", finalizou o número dois da hierarquia do Estado, numa conferência de imprensa realizada em Lisboa.

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