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Porto vai testar todos os idosos e funcionários dos lares da cidade

A mega operação de rastreio organizada pela Câmara vai ser feita com os 5.000 kits disponibilizados pela Fundação Fosun e pela Gestifute. Exército vai ajudar a montar 300 camas na Pousada da Juventude e no Pavilhão Rosa Mota.

26 de Março de 2020 às 17:32
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Os mais de 1.500 idosos a residir em lares ou residências coletivas na cidade do Porto, assim como os funcionários dessas instituições, vão ser testados para a covid-19 durante os próximos dias, através de um "rastreio sistemático e inédito" no país.

 

A Câmara do Porto adiantou esta quinta-feira, 26 de março, que esta mega operação vai implicar a montagem de unidades de cuidados na Pousada da Juventude e no SuperBock Arena / Pavilhão Rosa Mota e contará com o apoio do Exército, que ali montará 300 camas.

 

Os centros de saúde vão ajudar na recolha das amostras, o Hospital de São João vai garantir a análise das amostras e a divulgação dos resultados em 24 horas e os bombeiros municipais vão ajudar no transporte e na assistência pré-hospitalar. Os cerca de 5.000 testes são disponibilizados pela Fundação Fosun e pela Gestifute.

 

Tudo faremos, até ao limite das competências municipais e das nossas próprias forças, para salvar todos os que pudermos salvar rui moreira, presidente da câmara do porto



A autarquia explica que esta operação de rastreio "implica a segregação consecutiva da população infetada dos que resultarem negativos no teste e que serão transferidos – pelos meios dos próprios centros e com o apoio do Batalhão de Sapadores dos Bombeiros do Porto – para espaços ‘limpos’ que estão a ser preparados pela Câmara", explicou a autarquia.

 

"Não podemos abandonar os lares e estas populações neste momento e tudo faremos, até ao limite das competências municipais e das nossas próprias forças, para salvar todos os que pudermos salvar", frisou Rui Moreira, presidente da Câmara do Porto, citado num comunicado de imprensa.

Rastreio no Queimódromo e máscaras em Campanhã

O Porto foi a primeira cidade portuguesa a montar um centro de rastreio para covid-19, numa parceria com várias empresas privadas, como a Unilabs. Instalado no Queimódromo, este sistema arrancou a 18 de março com a capacidade para realizar cerca de 400 testes diários, podendo evoluir para 700 numa fase posterior. Também na semana passada, em colaboração com um empresário local, uma pequena fábrica localizada na freguesia de Campanhã foi reconvertida para produzir máscaras de proteção pessoal para os funcionários da autarquia que contactem com o público.

 

O município nortenho insiste que "a ideia é segregar completamente cidadãos idosos infetados e não infetados e acompanhar ambos" e está a "recrutar soluções de pessoal auxiliar em regime de voluntariado ou mobilidade" para colaborar neste exercício. 

A Direção Geral de Saúde (DGS) anunciou esta quinta-feira, 26 de março, que aumentou para 60 o número de vítimas mortais em Portugal devido à covid-19, uma subida de 17 (40%) face ao dia anterior. O número de infetados (casos confirmados) no país ascende a 3.544.

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