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Paulo Macedo anuncia médico de família para meio milhão de utentes até ao fim do ano

O ministro da Saúde contabilizou esta quarta-feira em cerca de um milhão o número de portugueses que não tem médico de família e afirmou que, até ao final, do ano, 500 mil terão a sua situação resolvida.

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11 de Março de 2015 às 11:13
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Até ao final deste ano haverá mais 500 mil utentes com médico de família, na sequência de quatro concursos em curso para a contratação de médicos, afirmou esta quarta-feira o ministro da Saúde. Paulo Macedo, que está esta quarta-feira, 11 de Março, no Parlamento, na Comissão de Saúde para debater a política geral do Ministério e outros assuntos de actualidade, contabilizou em cerca de um milhão o número de pessoas que actualmente não dispõe de médico de família.

 

"Aqui teremos de tomar mais medidas e estamos a ver com a Ordem dos Médicos e com os sindicatos o que poderá ser feito para dar mais médicos de família a mais utentes", afirmou o ministro, reconhecendo que "temos um défice significativo" destes profissionais "nas regiões de Lisboa e Algarve".

 

No entanto, salientou, tem havido uma evolução positiva, já que em 2012 era dois milhões os utentes que não tinham médico de família.

 

Paulo Macedo fez um balanço das medidas tomadas pelo seu Ministério nos últimos tempos, salientando, entre outras, "a figura do enfermeiro de família, que está a ser trabalhada" ou as possibilidades de ajudas de custo aos médicos quando vão de um centro hospitalar para outro e percorrem mais de 60 quilómetros, uma medida que considerou "essencial porque estamos a dar mobilidade aos médicos e a trabalhar melhor com o que temos e a dar-lhes mais condições".

 

Esta medida, explicou, "é imediata". "Há medidas que podiam, de facto, ter sido tomadas mais cedo, designadamente se não tivéssemos estado quase em situação de banca rota. Medidas como estas só são possíveis sem uma troika em Portugal e podendo ter alguma margem orçamental", disse Paulo Macedo.

 

O ministro respondia a críticas do PS, formuladas pela deputada Luísa Salgueiro, que o acusou de levar ao Parlamento "um relato que até pode parecer que está tudo bem no SNS, quando está na verdade tudo mal", salientando que "a verdade é que a realidade o desmente todos os dias".

 

A deputada referiu, nomeadamente, as demissões de administrações hospitalares que têm ocorrido nos últimos tempos. E anunciou que o PS vai solicitar a presença no Parlamento do presidente do Instituto Português de Oncologia do Porto, Joaquim Abreu de Sousa na Comissão, que também preside à Sociedade Portuguesa de Oncologia. Abreu de Sousa afirmou, esta quarta-feira, que todas as semanas se adiam cirurgias no seu hospital por falta de camas para acolher doentes. 

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