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Unidades Locais de Saúde "exibem uma menor dotação" de profissionais

O estudo realizado pela Entidade Reguladora da Saúde sobre o desempenho das Unidades Locais de Saúde revela que em termos de proximidade a rede de cuidados de saúde primários às populações é semelhante quer em zonas em que existem estas Unidades como em zonas em que estas unidades não existem.

Negócios 13 de Fevereiro de 2015 às 12:42
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As Unidades Locais de Saúde (ULS) querem promover a interligação dos cuidados de saúde primários com os cuidados hospitalares. Actualmente, existem oito em Portugal. A Entidade Reguladora da Saúde realizou um estudo "em resposta à solicitação do Senhor Ministro da Saúde", Paulo Macedo, em que avalia o nível do acesso dos cidadãos aos cuidados de saúde, da qualidade dos serviços, da eficiência produtiva e do desempenho económico-financeiro.

 

Neste estudo, pode ler-se que "no que respeita à temática do acesso destaca-se o comportamento incumpridor do tempo de resposta, útil e adequado, para marcação e realização dos meios complementares de diagnóstico e terapêutica, e de consultas de especialidade e, ainda, para marcação e realização de cirurgias programadas, no âmbito do sistema integrado de gestão de inscritos para cirurgia".

 

Por outro lado, e em termos de acesso, "avaliando numa óptica de proximidade", o estudo mostra que o grau de proximidade da rede de cuidados de saúde primários às populações é semelhante quer em zonas em que existem estas estruturas como em zonas em que estas unidades não existem. "E, em ambos os casos, a percentagem de habitantes que reside até 15 minutos de viagem de um ponto de oferta, está acima dos 90%".

 

Já em termos de capacidade nos cuidados de saúde hospitalares, e considerados rácios de médicos e enfermeiros no total da população, verifica-se que as áreas abrangidas por ULS exibem uma "menor dotação" relativa de profissionais de saúde do que as áreas não abrangidas pelas ULS".

 

"Nos cuidados de saúde primários a constatação é inversa, com as ULS a revelarem uma dotação de profissionais de saúde relativamente à população superior ao que acontece nas áreas não abrangidas por ULS".

 

Tempo para as cirurgias

 

O estudo da Entidade Reguladora da Saúde salienta que em termos de acesso a cirurgias "não se verificam diferenças significativas entre estabelecimentos integrados e não" integrados nas Unidades.

 

No que diz respeito aos cuidados de saúde hospitalares, o rácio de cirurgias praticadas em ambulatório face ao total de cirurgias em estabelecimentos prestadores de cuidados de saúde, entre 2010 e 2013, verifica-se um crescimento do ambulatório "nos dois grupos de hospitais, embora os hospitais não integrados em ULS exibam, em todos os anos, uma proporção média de ambulatório superior à dos hospitais integrados em ULS".

 

O tempo de estadia em internamento é maior, em termos médios, nos hospitais que pertence a estas Unidades.

 

Eficiência produtiva na prestação de cuidados de saúde

 

Um dos pontos ainda avaliados por este estudo foi a eficiência produtiva na prestação de cuidados de saúde primários e de cuidados de saúde hospitalares, integrados em cada uma destas Unidades. Em termos de cuidados de saúde primários, há uma combinação de profissões de saúde "verificou que, com a excepção das ULS do Alto Minho, Matosinhos e Guarda, a combinação de profissões de saúde nas ULS privilegia um maior número de enfermeiros por médico do que acontece nas áreas não cobertas por ULS, na mesma região de saúde".

 

Em termos do pagamento a fornecedores, o estudo conclui que "tais prazos são elevados, tanto nos hospitais integrados em ULS como nos hospitais não integrados".

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