Notícia
Medicamento da Bial para Parkinson chega às farmácias dos EUA e Japão
O Ongentys, medicamento desenvolvido pelo grupo da família Portela, inicia comercialização naqueles que são o primeiro e o terceiro maiores mercados farmacêuticos mundiais.
O segundo medicamento desenvolvido pela Bial, que se destina a doentes com Parkinson, chega agora às farmácias dos Estados Unidos e do Japão, onde se estima que exista mais de um milhão de pessoas com esta doença.
"É um marco muito relevante para a nossa companhia e para a investigação ‘made in’ Portugal. Estados Unidos e Japão ocupam respetivamente o primeiro e o terceiro lugar na lista dos principais mercados farmacêuticos", enfatiza António Portela, CEO da Bial, em comunicado.
"O Ongentys (opicapona) é o primeiro medicamento português a ser comercializado na Ásia, concretamente num mercado muito sofisticado como é o japonês. Estamos muito satisfeitos por disponibilizar aos doentes de ambos os países, em conjunto com os nossos parceiros, um medicamento que contribuirá para a melhoria da sua qualidade de vida", salienta o mesmo gestor.
A doença de Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais comum depois da doença de Alzheimer.
Nos Estados Unidos estima-se que exista cerca de um milhão de pessoas que vivem com esta doença e, a cada ano, são diagnosticadas mais de 50 mil pessoas, enquanto no Japão são cerca de 163 mil os doentes de Parkinson.
Trata-se da "primeira vez que um medicamento de investigação portuguesa é comercializado no Japão", destaca a Bial, que lembra que a comercialização deste fármaco neste mercado asiático e nos Estados Unidos "decorre da recente aprovação pelas autoridades regulamentares de ambos os países, e está a ser realizada no âmbito dos acordos de licenciamento estabelecidos por Bial com companhias farmacêuticas presentes nesses territórios".
Também disponível no Reino Unido, Alemanha, Espanha, Itália e Portugal, a Bial perspetiva que, "ao longo de 2020 e 2021", o Ongentys seja introduzido "em outros países europeus e na Coreia do Sul".
Com as exportações a valerem 75% do seu volume de negócios, que em 2019 foi de 309 milhões de euros, a Bial vende os seus medicamentos em mais de 50 países, sendo que os Estados Unidos são já o principal mercado em vendas de farmácia para a farmacêutica portuguesa.
A Bial, que emprega mais de mil pessoas, tem canalizado mais de 20% da sua faturação anual para I&D, que está centrada nas neurociências e no sistema cardiovascular, tendo já sintetizados mais de 15 mil novas moléculas.