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Medicamento da Bial para Parkinson chega às farmácias dos EUA e Japão

O Ongentys, medicamento desenvolvido pelo grupo da família Portela, inicia comercialização naqueles que são o primeiro e o terceiro maiores mercados farmacêuticos mundiais.

António Portela, CEO da Bial. Amândia Queirós/Cofina
15 de Setembro de 2020 às 15:00
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O segundo medicamento desenvolvido pela Bial, que se destina a doentes com Parkinson, chega agora às farmácias dos Estados Unidos e do Japão, onde se estima que exista mais de um milhão de pessoas com esta doença.

 

"É um marco muito relevante para a nossa companhia e para a investigação ‘made in’ Portugal. Estados Unidos e Japão ocupam respetivamente o primeiro e o terceiro lugar na lista dos principais mercados farmacêuticos", enfatiza António Portela, CEO da Bial, em comunicado.

"O Ongentys (opicapona) é o primeiro medicamento português a ser comercializado na Ásia, concretamente num mercado muito sofisticado como é o japonês. Estamos muito satisfeitos por disponibilizar aos doentes de ambos os países, em conjunto com os nossos parceiros, um medicamento que contribuirá para a melhoria da sua qualidade de vida", salienta o mesmo gestor.

 

A doença de Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais comum depois da doença de Alzheimer.

 

Nos Estados Unidos estima-se que exista cerca de um milhão de pessoas que vivem com esta doença e, a cada ano, são diagnosticadas mais de 50 mil pessoas, enquanto no Japão são cerca de 163 mil os doentes de Parkinson.

 

Trata-se da "primeira vez que um medicamento de investigação portuguesa é comercializado no Japão", destaca a Bial, que lembra que a comercialização deste fármaco neste mercado asiático e nos Estados Unidos "decorre da recente aprovação pelas autoridades regulamentares de ambos os países, e está a ser realizada no âmbito dos acordos de licenciamento estabelecidos por Bial com companhias farmacêuticas presentes nesses territórios".

Também disponível no Reino Unido, Alemanha, Espanha, Itália e Portugal, a Bial perspetiva que, "ao longo de 2020 e 2021", o Ongentys seja introduzido "em outros países europeus e na Coreia do Sul".

Com as exportações a valerem 75% do seu volume de negócios, que em 2019 foi de 309 milhões de euros, a Bial vende os seus medicamentos em mais de 50 países, sendo que os Estados Unidos são já o principal mercado em vendas de farmácia para a farmacêutica portuguesa.

A Bial, que emprega mais de mil pessoas, tem canalizado mais de 20% da sua faturação anual para I&D, que está centrada nas neurociências e no sistema cardiovascular, tendo já sintetizados mais de 15 mil novas moléculas.

 

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