Notícia
Medicamento da Bial para Parkinson aprovado no Japão
Dois meses depois de ter recebido luz verde nos Estados Unidos, o segundo fármaco por si desenvolvido acaba de ser aprovado pelas autoridades regulamentares do Japão, que é considerado o terceiro maior mercado farmacêutico mundial.
O Ongentys, o segundo medicamento desenvolvido pela Bial e que se destina a doentes com Parkinson, acaba de ser aprovado pelas autoridades regulamentares do Japão.
"Pela primeira vez, um medicamento de investigação portuguesa é aprovado no Japão, considerado o terceiro mercado farmacêutico a nível mundial", enfatiza a maior farmacêutica portuguesa, em comunicado.
De acordo com a Bial, existem 163 mil pessoas com Parkinson no Japão, enquanto nos Estados Unidos a estimativa é que existe um milhão que sofrem desta doença, enquanto na Europa rondam os 1,2 milhões.
Em 2013, Bial assinou um acordo de licenciamento com a empresa nipónica ONO Pharmaceutical Co., Ltd., para o desenvolvimento e comercialização de Ongentys (opicapona) naquele território.
"Estamos empenhados, juntamente com a ONO, em fazer chegar aos doentes de Parkinson no Japão, o mais breve possível, o nosso medicamento, agora que esta importante etapa foi ultrapassada", enfatiza António Portela, CEO da Bial.
Disponível no Reino Unido, Alemanha, Espanha, Itália e Portugal, a farmacêutica portuguesa perspetiva que, "ao longo de 2020 e em 2021", o Ongentys chegue às farmácias de "outros países europeus, bem como nos Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul".
Com as exportações a valerem 75% do seu volume de negócios, que em 2019 foi de 309 milhões de euros, vendendo os seus medicamentos em mais de 50 países, a Bial tem canalizado mais de 20% da sua faturação anual para I&D, que está centrada nas neurociências e no sistema cardiovascular, tendo já sintetizados mais de 15 mil novas moléculas.
A Bial emprega mais de mil pessoas.