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Marcelo valoriza cumprimento de serviços mínimos por enfermeiros
Marcelo Rebelo de Sousa falou aos jornalistas em Albufeira, após participar na sessão de encerramento do XIII Congresso Nacional das Misericórdias.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, manifestou-se este sábado satisfeito com o cumprimento dos serviços mínimos pelos enfermeiros durante a greve, na sexta-feira, e o posicionamento de todas as partes a favor dos direitos à vida e à saúde, avança a Lusa.
Marcelo Rebelo de Sousa fez esta declaração aos jornalistas em Albufeira, após participar na sessão de encerramento do XIII Congresso Nacional das Misericórdias, e disse serem estas as únicas palavras que deveria proferias de momento sobre o conflito laboral entre Governo e enfermeiros, depois de o executivo socialista liderado por António Costa ter recorrido à requisição civil durante a greve decretada pelos enfermeiros.
"No fundo, quando fiz a referência ao papel das misericórdias na solidariedade social, mas especificamente na saúde, estava a pensar obviamente também na lei de bases da saúde. E aí tenho esperança, como disse há três dias ou quatro, que seja possível no articulado da [nova] lei [de Bases da Saúde], encontrar uma solução que permita acolher os vários setores, cooperando entre si e reconhecendo o que cada um deles tem a contribuir", afirmou.
Marcelo Rebelo de Sousa considerou que, num país envelhecido, como o que os especialistas em demografia perspetivam, "vai ser preciso ter condições de acolhimento de uma população idosa cada vez mais numerosa, em que os hospitais públicos não devem servir para isso, porque têm outras prioridades, o setor privado não vai servir para isso, na grande maioria dos casos, e o setor social, também aí, é insubstituível".
"Espero que seja acolhida no Conselho Social e que seja possível que venha obter um estatuto de parceiro e interlocutor social importante, porque isso pode ser útil e significativo para o diálogo, o pluralismo e a participação numa sociedade democrática, progressista e avançada como é aquela que nós queremos e que está na Constituição", referiu.