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Fuma-se mais nas cidades e bebe-se mais nas aldeias

Estatísticas referentes a 2014 mostram tendências diferentes para o consumo de bebidas alcoólicas e de tabaco consoante se trata de pessoas a residir em áreas urbanas ou rurais.

Gonçalo Villaverde
20 de Dezembro de 2016 às 14:08
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Fumar e consumir bebidas alcoólicas em Portugal são hábitos com tendências diferentes conforme se está a falar de zonas rurais ou de zonas urbanas. Isso mesmo é revelado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE)que publicou esta quarta-feira os Anuários Estatísticos Regionais referentes a 2015.

As estatísticas publicadas hoje sãoi na maior parte dos casos referentes a 2015, mas no caso da saúde remontam a 2014. É neste sector que é possível observar novidades nas comparações regionais.

"Em 2014, 16,8% (1,5 milhões) da população residente com 15 ou mais anos referiu fumar diariamente", diz o INE. Porém nas zonas urbanas fuma-se mais do que nas zonas rurais.

"A estruturação da informação segundo a TIPAU (Tipologia de áreas urbanas para fins estatísticos), permite observar diferenças em função da intensidade de urbanização dos territórios de residência, evidenciando-se proporções mais elevadas de população com 15 ou mais anos que fuma diariamente nas áreas predominantemente urbanas (18,3%), em particular no caso da população masculina (24,4%)", refere o INE.

Já nas áreas predominantemente rurais e nas áreas mediamente urbanas, "os valores registados para este indicador foram comparativamente mais baixos, 12,6% e 14,4%, respectivamente".

São as mulheres das áreas rurais quem apresenta menor tendência para fumar: apenas 5,8% diz fumar diariamente.

No que toca ao consumo de alcoól, os dados do INE mostram que um consumo diário de bebidas alcoólicas, em 2014, de 24,2% (2,1 milhões) da população residente com 15 ou mais anos, que referiu consumir diariamente este tipo de bebidas.

Aqui a tendência de consumo conforme se trata de um meio mais rural ou mais urbano é diferente. "O consumo diário de bebidas alcoólicas era mais elevado nas áreas predominantemente rurais (27,7%) e áreas mediamente urbanas (27,5%), e em particular no caso da população masculina – 45,0% e 41,7%, respectivamente."

"Por outro lado, o consumo diário de bebidas alcoólicas era menor na população com 15 ou mais anos residente em áreas predominantemente urbanas, especialmente no caso da população feminina (11,0%)", acrescenta o instituto.

O INE mostra também que a obesidade ou execesso de peso é mais predominante nos meios rurais. "Em 2014, a proporção de população com 18 ou mais anos com excesso de peso ou obesidade, segundo a densidade de urbanização dos territórios, era mais elevada nas áreas predominantemente rurais, tanto no caso da população masculina (64,6%), como feminina (55,4%). Por outro lado, e tendo em conta a segmentação por tipo de área urbana e sexo, os valores mais baixos neste indicador registaram-se nas áreas predominantemente urbanas, em particular no caso da população feminina (47,1%)."

Em termos nacionais, mais de metade (52,8%) da população residente com 18 ou mais anos referiu ter um Índice de Massa Corporal (IMC) correspondente a excesso de peso ou obesidade".  

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