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Bruxelas promete medidas para conter impacto do coronavírus na economia europeia
A presidente da Comissão Europeia garante que Bruxelas vai tentar minimizar o impacto do coronavírus para as pessoas e também para a economia mobilizando "todas as ferramentas" ao dispor.
A União Europeia vai adotar medidas que reduzam o impacto do coronavírus para as pessoas e a economia europeia, garantiu em conferência de imprensa Ursula Von der Leyen.
No final de um encontro com os comissários europeus, a presidente da Comissão Europeia revelou que esteve em discussão a forma como Bruxelas, em conjunto com os Estados-membros, poderá "reduzir os efeitos do coronavírus, por exemplo como conter a propagação do vírus".
Foram discutidas "medidas de resposta coordenadas sobre como acelerar a investigação em tratamento, diagnósticos e vacinas" bem como mitigadoras do "impacto na economia".
"[Estão a ser avaliadas] todas as ferramentas que possamos mobilizar para reduzir o impacto do coronavírus não só nas pessoas, mas também na economia", declarou Von der Leyen.
Na conversa entre os líderes dos 27 Estados-membros que decorre a partir das 16:00 desta terça-feira por videoconferência serão debatidas essas possíveis medidas de apoio à economia, confirmou Von der Leyen.
A líder do órgão executivo da UE começou por revelar ter conversado com o primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, acerca da forma como Bruxelas poderá "apoiar mais" Itália, o país europeu mais afetado pelo novo vírus chinês.
No âmbito das medidas de apoio, Ursula von der Leyen anunciou que para apoiar as companhias áreas será suspensa a necessidade dos chamados voos fantasma a que muitas operadoras recorrem para evitarem perder slots nos aeroportos.
Esta manhã, Von der Leyen abordou também a nova estratégia industrial da União, cujas três prioridades foram hoje divulgadas: manter a competitividade da indústria europeia à escala global e assente em condições equitativas; tornar a Europa um continente neutral em termos de emissões até 2050; preparar o futuro de uma Europa digital.
Numa altura em que a UE assumiu a transição ambiental como princípio orientador, Von der Leyen considera que a indústria europeia tem todas as condições para liderar esse processo. Esta estratégia industrial visa reforçar o mercado interno europeu e apoiar as empresas a realizarem as transições digital e energética e surge em sentido inverso à promoção dos chamados "campeões europeus" preconizada pela Alemanha e pela França.
fortalecimento do mercado interno e em medidas que ajudem as empresas a enfrentar as dificuldades colocadas pela dupla transição — energética e digital — para um novo modelo económico verde.