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Ausências por greve no sector da saúde dispararam 70% no ano passado
As ausências por greve no sector da saúde superaram os 115 mil dias no ano passado, mais quase 70% do que o registado em 2016.
As greves no sector da saúde foram responsáveis por 115.905 dias de ausência ao trabalho no ano passado, mais 69,3% do que os 68.443 dias registados em 2016, indica esta segunda-feira o Jornal de Notícias.
Estas ausências contabilizam vários profissionais do sector, nomeadamente médicos, enfermeiros, técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica e trabalhadores da saúde.
Para 24 e 25 de Maio está agendada uma paralisação dos técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica. Grande parte da "factura" destas sucessivas greves é paga pelos utentes, que vêem consultas, exames e cirurgias adiadas.
Os médicos, aliás, pedem a compreensão dos utentes, argumentando que estas greves visam a defesa da qualidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Na semana passada, os dois sindicatos dos médicos que convocaram a greve – Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e Federação Nacional dos Médicos (FNAM) – reuniram com a Ordem dos Médicos.
Os sindicatos acusam o Ministério da Saúde de se recusar a negociar. Entre as reivindicações do SIM e FNAM está o regresso às condições existentes antes da intervenção da troika, nomeadamente o limite máximo de 150 horas anuais de trabalho suplementar, a redução de 18 para 12 horas no horário semanal na Urgência e a redução gradual do número de utentes por médico de família (passando dos actuais 2.000 para os 1.550 utentes).