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Ausências por greve no sector da saúde dispararam 70% no ano passado

As ausências por greve no sector da saúde superaram os 115 mil dias no ano passado, mais quase 70% do que o registado em 2016.

Correio da Manhã
07 de Maio de 2018 às 11:14
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As greves no sector da saúde foram responsáveis por 115.905 dias de ausência ao trabalho no ano passado, mais 69,3% do que os 68.443 dias registados em 2016, indica esta segunda-feira o Jornal de Notícias.

Estas ausências contabilizam vários profissionais do sector, nomeadamente médicos, enfermeiros, técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica e trabalhadores da saúde.

A contestação no sector não dá sinais de abrandar este ano. Em Março, os enfermeiros realizaram uma paralisação. Na semana passada foram os trabalhadores da saúde. A partir de terça-feira, e até quinta-feira, é a vez dos médicos estarem em greve.

Para 24 e 25 de Maio está agendada uma paralisação dos técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica. Grande parte da "factura" destas sucessivas greves é paga pelos utentes, que vêem consultas, exames e cirurgias adiadas. 


Os médicos, aliás, pedem a compreensão dos utentes, argumentando que estas greves visam a defesa da qualidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Na semana passada, os dois sindicatos dos médicos que convocaram a greve – Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e Federação Nacional dos Médicos (FNAM) – reuniram com a Ordem dos Médicos.

"Foi curioso, mas ao contrário do habitual, raramente se falou na remuneração dos médicos (…) Falou-se sobretudo na perda de qualidade da Medicina, na desestruturação do SNS e no problema das carreiras médicas", disse ao Jornal de Notícias o bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães.

Os sindicatos acusam o Ministério da Saúde de se recusar a negociar. Entre as reivindicações do SIM e FNAM está o regresso às condições existentes antes da intervenção da troika, nomeadamente o limite máximo de 150 horas anuais de trabalho suplementar, a redução de 18 para 12 horas no horário semanal na Urgência e a redução gradual do número de utentes por médico de família (passando dos actuais 2.000 para os 1.550 utentes).

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