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Passos insiste que ajudou Lisboa a baixar a dívida. “É preciso lata”, responde Costa

A compra dos terrenos do aeroporto voltou a ser um dos temas do debate eleitoral. Passos assumiu responsabilidade por ter baixado a dívida da Câmara de Lisboa e diz que Loures ou Sintra reduziram mais. Costa diz que foi a Câmara que fez um favor ao Governo.

Bruno Simão/Negócios
17 de Setembro de 2015 às 13:18
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Desta vez não houve Sócrates no debate entre Passos e Costa, transmitido esta quinta-feira, 17 de Setembro, na TSF, Antena 1 e Rádio Renascença. Mas Passos voltou a insistir que foi graças ao Governo que a Câmara de Lisboa conseguiu fazer a redução da sua dívida. Aliás, se não tivesse sido assim Lisboa teria reduzido menos a dívida do que fizeram as autarquias de Sintra ou de Loures. Costa disse que foi a Câmara de Lisboa que fez um favor ao Governo nesse assunto, ao ter desbloqueado a privatização da ANA.

 

Passos Coelho estava a falar do que o seu Governo conseguiu fazer na redução do défice, que é essencial para reduzir a dívida. E nesse ponto, Passos lembrou que também ajudou a Câmara de Lisboa. "Consegui até assumir uma parte significativa da dívida de Lisboa quando comprei os terrenos do aeroporto", sublinhou. Costa reagiu de imediato: "É preciso um bocado de lata".

 

Mas Passos não desarmou. "Viu o Estado assumir a responsabilidade da dívida de Lisboa no valor de 277 milhões de euros", insistiu, explicando que foi buscar este dado "só para lhe dar nota que a sua retórica sobre a gestão da dívida em Lisboa é vazia". É que "não fosse o resultado dessa venda e não teria conseguido reduzir a dívida como reduziu Sintra, Loures ou outras câmaras do país".

 

Mais à frente, Costa haveria de responder. "Resolveu dizer mais uma vez que fez um favor à câmara de Lisboa. Se alguém fez um favor a alguém foi a câmara ao Estado", destacou. "A diferença é outra: o senhor recebeu três mil milhões de euros [da venda da ANA], o que fez não sei, porque amortizar não amortizou. Nós reduzimos a dívida", esclareceu o líder socialista e ex-presidente da autarquia lisboeta.

 

Lisboa recebeu pouco dinheiro

 

Mas Passos não deixou cair o tema, precisando que no contrato o que foi feito, o que sucedeu foi a dívida da câmara ter sido assumida pelo Estado. "O contrato feito quanto aos terrenos do aeroporto permitiu que fosse o Governo a assumir a responsabilidade da dívida de Lisboa no valor de 277 milhões", que "assumiu sabendo que conseguia privatizar uma empresa", a ANA. "Critica a privatização mas foi com ela que o Estado" conseguiu assumir a dívida.

 

O que sucedeu, detalhou Passos. É que "os 277 milhões de euros passaram a dívida pública", e a câmara "recebeu 9,5 milhões de euros". Passos lembrou Costa que a "Assembleia Municipal de Lisboa fez um voto de saudação à CML e ao Governo", lendo uma passagem desse documento em que se refere que o acordo reduziu "43% da dívida de médio e longo prazo através de dívida que o Estado assumiu".

 

Ou seja, o ponto de Passos é que não foi Costa a abater a dívida, foi sim o Estado a ficar com dívida que era da câmara.

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