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Jerónimo de Sousa: Cavaco Silva "exorbitou funções" e fez "chantagem sobre os deputados"

Jerónimo de Sousa acusa Cavaco Silva de "confronto com a Constituição" e de se ter "assumido como representante do PSD e do CDS em Belém", dando "voz a concepções anti-democráticas".

Miguel Baltazar/Negócios
23 de Outubro de 2015 às 12:59
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"Cavaco Silva exorbitou funções e abusou das prerrogativas que lhe estão constitucionalmente atribuídas", afirmou esta sexta-feira, 23 de Outubro, Jerónimo de Sousa, em declarações aos jornalistas no Parlamento.

 

O líder do PCP comentava, desta forma, o comunicado de Cavaco Silva, de quinta-feira à noite, em que o Presidente da República anunciou ter indigitado Passos Coelho para formar Governo.

 

Tratou-se de "mais um episódio de assumido confronto com a Constituição da República Portuguesa e que merece a mais viva condenação", afirmou Jerónimo. O Presidente, considerou, "assumiu-se como representante do PSD e do CDS em Belém", dando "voz a concepções anti-democráticas".

 

Numa declaração recheada de críticas a Belém, Jerónimo sublinhou que "é intolerável que Cavaco Silva ouse delimitar quem pode ou não exercer funções governativas", em "claro confronto com o quadro constitucional".

 

Além disso, "é intolerável que Cavaco Silva insinue uma atitude de pressão de chantagem sobre os deputados e as posições que devem assumir", prosseguiu o líder socialista, afirmando que, pelo contrário, "a decisão de Cavaco de indigitar Passos soçobrará na Assembleia da República com a rejeição do Programa de Governo" e que "o Presidente da República será responsável pela instabilidade que seja criada".

 

O Governo de Passos, diz, "não tem condições para governar" e o PCP "reafirma o seu compromisso de luta por uma política que responda às necessidades dos cidadãos".

 

Sobre as negociações ainda em curso como PS,  líder comunista não quis alongar-se, mas afirmou, mais uma vez, que "existem condições para a formação de um governo PS", com uma "solução duradoura".

 

Questionado sobre se estaria disponível para integrar esse governo, respondeu apenas que "o momento em que estamos não é esse".

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