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Rangel assume derrota nas europeias e defende que PS "não pode entrar na euforia"
O cabeça-de-lista da Aliança Portugal reconheceu que o PS ganhou as eleições europeias em Portugal, mas criticou as palavras de Francisco Assis, pois os resultados dos socialistas não são para "exaltação".
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Pouco mais de uma hora depois das projecções das televisões terem dado a vitória do PS nas eleições europeias, o líder da Aliança Portugal – coligação entre PSD e CDS/PP – reconheceu a vitória dos socialistas.
A primeira palavra foi para "saudar o PS" pela vitória nas eleições europeias, sendo que Paulo Rangel destacou ainda como relevante e preocupante o nível da abstenção, que terá sido a mais elevada de sempre acima dos 65%. Para Paulo Rangel, o nível da abstenção não é surpresa, mas sim preocupante e "dificulta as leituras que todos temos que fazer depois das eleições".
Antes de partir para a sua análise "muito lacónica e directa" dos resultados, Rangel deu os parabéns à CDU de João ferreira e ao MPT de Marinho e Pinto pelos "resultados relevantes".
"Sendo absolutamente claro para mim que o PS ganhou as eleições e a Aliança Portugal perdeu, nada autoriza e nada admite a mistificação que Assis fez" às 8h00 da noite, disse Rangel,
lembrando que "mesmo nas melhores projecções, os resultados do PS não são de molde a exaltação, nem a vitória histórica".
"Para nós é claro que o PS ganhou. Claro que perdemos. Lamentamos isso. Agora vir daqui retirar ilações é democraticamente pouco curial. Qualquer pessoa que olhe para estes resultados com isenção e naturalidade não pode entrar em euforia", acrescento o cabeça de lista da Aliança Portugal.
Lamentando o resultado obtido pela Aliança Portugal, Rangel considerou que "se olharmos para [os resultados de] muitos governos em funções na Europa, [os resultados da Aliança Portugal] são resultados interessantes".
Nuno Melo, primeiro candidato do CDS na Aliança Portugal, fez um discurso no mesmo sentido. Depois de reconhecer a "vitória do PS, que é óbvia", o eurodeputado considerou que "não é razão para triunfalismo", nem para retirar conclusões para as legislativas, até porque "dois terços do país não votou". O PS "não teve vitória estrondosa", concluiu.
Na sala onde a coligação dos partidos que apoiam o Governo acompanhou os resultados, estava presente a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, e o secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, Paulo Rangel.